Nexos e desafios da educação em saúde para idosos na atenção básica

Abstract

O Brasil convive com o envelhecimento exponencial da população, o que não é mais sinônimo de adoecimento, pois atualmente há subsídios para melhorar a qualidade de vida dos idosos. Nesse contexto, a educação em saúde é uma eficaz alternativa para superação do modelo biomédico, centrado na doença como fenômeno individual e na assistência médica curativa, tornando-se ferramenta eficaz para que esses usuários desenvolvam a capacidade de intervenção sobre suas próprias vidas. A educação em saúde torna-se uma excelente aliada nesse contexto e encerra-se na prática profissional como uma alternativa viável para melhorar a vida dessa população. Este estudo buscou revelar os impasses e desafios pelos quais perpassam as ações educativas, voltadas para os indivíduos idosos, realizadas em Unidades Básicas de Saúde da Família, assim como as estratégias utilizadas para enfrentar tais adversidades. Como método utilizou-se da pesquisa qualitativa e o Discurso do Sujeito Coletivo constituído por doze profissionais de saúde. Os resultados indicaram que os profissionais de saúde acreditam na educação em saúde como ferramenta aliada a sua prática profissional, porém revelaram que há fragilidades presentes na atenção à saúde dos idosos e que muito pode ser feito para melhorar as questões que nortearam o estudo, encarando essa prática como desafio profissional. Conclui-se que os ajustes necessários permeiam maior investimento na infraestrutura das áreas disponíveis, melhor organização nos cronogramas de atividades executáveis, na qualificação e simplificação dos materiais didáticos e metodológicos para a prática das ações educativas, estímulos à participação e frequência da comunidade às reuniões sistemáticas dos grupos, efetiva participação de todos os profissionais atuantes na proposta e, principalmente, maior incentivo e apoio da gestão as ações educativas propostas.