O espectro vermelho: o anticomunismo em jornais paraibanos (1960-1964)

Abstract

Este trabalho tem como objetivo analisar as representações construídas acerca do anticomunismo em jornais paraibanos, no início da década de 60. Faremos uma breve análise sobre os primórdios do anticomunismo no Brasil, chamando atenção para as rupturas e descontinuidades deste processo histórico, especificadamente sobre seu aspecto fantasmagórico. Para desenvolvimento deste trabalho, utilizaremos como fontes, o jornal Correio da Paraíba e Diário da Borborema, através destes buscamos realizar leituras e interpretações de estigmas e preconceitos veiculados nos jornais, pois os mesmos fornecem elementos para que possamos compreender a influência de tais preceitos sobre o imaginário anticomunista na Paraíba, legitimando assim uma cultura conservadora e autoritária, nos anos de 1960-1964. Teoricamente trabalhamos no campo da História Política em interface com a História Cultural, tendo como principais referenciais teóricos Chatier (1990) para trabalhar o conceito de representação e Le Goff (1994) com a concepção de documento/monumento. Para pensarmos o anticomunismo tomamos como referência Motta (2003) Cavalcante (2013) Rodeghero (1988).