Efeito do estresse salino na compartimentação iônica e taxa de brotamento de estacas de pinhão manso

Abstract

O pinhão manso (Jatropha curcas L.) é uma oleaginosa, pertencente a família das Euforbiáceas e uma cultura considerada promissora para a produção de Biodiesel. Objetivou-se com esse trabalho analisar o efeito da salinidade no pegamento e brotamento de estacas de dois genótipos de Pinhão manso. Para tanto, utilizou-se clones: CNPAPM-III, (G1) e CNPAPM-XI (G2). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com esquema fatorial 2x4 envolvendo o cultivo de dois clones (CNPAPM-III e CNPAPM-XI) irrigados com solução de NaCl em quatro níveis de salinidade 1,7 (S1, controle), 3,5 (S2), 7,1 (S3), 8,9 (S4) dS m-1 com cinco repetições, totalizando 40 unidades experimentais. O experimento foi desenvolvido em vasos com capacidade de 7 kg de substrato, preenchidos com 50% de solo e 50% de esterco bovino, peneirado em malha de 2,0mm. Os tratamentos causaram diferenças contrastantes entre os clones, onde a salinidade influenciou no pegamento, não ocorrendo uma relação entre o aumento da dose de sal e a redução na taxa de emergência de brotos; também afetou o brotamento de estacas do Pinhão manso, onde, as doses 1,7 dS m-1, 7,1 dS m-1 e 8,9 dS m-1 apresentaram período de tempo mais longo para emergência dos brotos. A solução de 3,5 dS m-1 proporcionou maior número de folhas, maior número de brotos e o menor período de tempo para as estacas emitirem o primeiro broto em ambos os clones. Ainda, foi notório que o genótipo CNPAPM-III teve um melhor desempenho que o CNPAPM-XI, produzindo maior número de brotos, de folhas, maior massa verde da raiz e maior volume radicular. A acumulação de íons inorgânicos concentrou-se em raízes e folhas ressaltando que tais íons são redistribuídos para os vacúolos facilitando o ajustamento osmótico.