Coordenação óculo-manual de idosos: Avaliação com diferentes protocolos

Abstract

O presente estudo teve como objetivo avaliar a coordenação óculo-manual de idosos com diferentes protocolos, considerando também o nível de atividade física. Participaram do estudo 40 idosos que foram divididos em dois grupos. O grupo 1 (G1) foi composto por 20 idosos praticantes de atividade física e, o grupo 2 (G2), por idosos não praticantes de atividade física. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foi realizada uma anamnese para verificar alguns aspectos de saúde. Para determinar o nível de atividade física foi utilizado o Questionário de Baecke Modificado para Idosos (VOORRIPS et al., 1991). Para a avaliação da coordenação motora da amostra, foram utilizados o Teste de coordenação óculo-manual da bateria de testes da American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD), e o Teste de Coordenação Óculo-Manual (ATCOM). O tratamento estatístico foi realizado através do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), na versão 22.0. Utilizou-se estatística descritiva por meio da média e desvio padrão, para variáveis numéricas. Também foi utilizado o teste t-Student para comparar as características amostrais. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05), com intervalo de confiança de 95%. Conclui-se com este estudo que os idosos que praticavam atividade física e possuíam nível mais elevado de atividade física, também apresentaram um melhor desempenho nos testes de coordenação motora que os idosos não praticantes. Em relação aos testes, o tempo gasto na realização do ATCOM foi um pouco maior que tempo gasto para a realização do teste da AAPHERD. Entretanto, ambos os testes apresentaram resultados estatisticamente significativos, mostrando melhores níveis da coordenação motora nos idosos ativos, quando comparados com os idosos sedentários. No tocante ao teste de coordenação óculo-manual com o ATCOM, necessita-se de mais estudos envolvendo um maior número de idosos, no sentido de se estabelecer valores normativos para classificar o referido teste, de forma que o desvincule da comparação obrigatória com outros testes similares. Diante disto, percebe-se a importância e necessidade da implantação de políticas públicas voltadas à saúde do idoso ou a criação de campanhas que estimulem a conscientização dos idosos quanto a importância de sua participação nos programas de atividades físicas.