Fadiga oncológica e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama submetidas à radioterapia

Abstract

O câncer de mama se caracteriza como um importante problema de saúde pública. Excetuando-se os tumores de pele do tipo não melanoma, é o segundo de maior incidência entre as mulheres. Estima-se para o biênio de 2018-2019, no Brasil, 59.700 novos casos de câncer de mama. Após diagnosticado, umas das alternativas terapêuticas de caráter locorregional é a radioterapia, cuja função é destruir o DNA da célula tumoral, ocasionando a morte celular, com consequente liberação de substâncias tóxicas que favorecem a fadiga. O objetivo desse estudo foi analisar a fadiga oncológica e a qualidade de vida de mulheres com câncer de mama submetidas à radioterapia. Trata-se de uma pesquisa exploratória, quantitativa e qualitativa, que foi realizada no setor de Radioterapia do Centro de Cancerologia Dr. Ulisses Pinto do Hospital da FAP. A amostra foi composta por 10 mulheres, diagnosticadas com câncer de mama, submetidas à radioterapia adjuvante. Foram aplicados quatro questionários em momentos específicos do tratamento, sendo o FACT-G e SF-36 referentes à qualidade de vida, e o FACT-F e FACT-B referente à fadiga oncológica. Ao final da coleta, os dados foram tabulados e analisados. O FACT-F iniciou com uma média (122,46 ± 16,8) e terminou com (119,044 ± 17,06), o FACT-G começou com (81,31 ± 11,89) e concluiu com (78,344 ± 12,35) e o FACT-B teve início com (111,82 ± 17,18) e findou com (108,54 ± 17,61), sendo o domínio Funcional o mais afetado. Com relação ao SF-36, o mais afetado no início foi o domínio Aspectos Emocional (33,3) e ao final foi o Limitação por Aspectos Físicos (32,5). Compreende-se que a radioterapia potencializa o quadro de fadiga das pacientes, advindos de tratamentos anteriores, reduzindo a qualidade de vida e apontando a necessidade de uma equipe multidisciplinar para tratar os efeitos deletérios decorrentes das várias terapêuticas utilizadas para tratar o câncer de mama.