A influência da ginástica laboral na qualidade de vida de trabalhadores da PROINFRA na UEPB

Abstract

É inquestionável que a revolução industrial foi o pontapé para o início de uma nova era de constantes avanços tecnológicos no ambiente laboral. Em contrapartida, foi o início de uma série de obstáculos para a saúde dos trabalhadores, tanto no âmbito físico quanto psicológico, uma vez que doenças como LER/DORT e estresse, entre outras doenças, desde esse período, são cada vez mais frequentes. Atualmente, nota-se que por mais que as máquinas estejam tomando espaço nos setores industriais, de construção, etc, os seres humanos ainda são indispensáveis e por isso surgiu a necessidade de realização de ações que contribuam para a saúde dos trabalhadores. É nesse contexto que surge a ginástica laboral visando minimizar dos danos causados à saúde pelos esforços físicos depreendidos no ambiente de trabalho e trazer qualidade de vida. Assim, buscando fazer uma reflexão sobre esses aspectos, o presente trabalho se trata de um relato de experiência fruto do projeto de extensão promovido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), intitulado “Ginástica laboral e treinamento personalizado”. Nosso campo de atuação foi a Pró Reitoria de Infra Estrutura (PROINFRA) da universidade, onde através de um programa de ginástica laboral realizamos intervenções com servidores do sistema operacional de uma empresa terceirizada com idade média entre 20 e 60 anos de idade. Para tanto, objetivamos discutir alguns conceitos sobre qualidade de vida e outros aspectos relacionados ao tema e apresentar a vivência e as experiências de alunos de educação física durante a execução do programa de ginástica laboral, bem como evidenciar o fato de que ela pode ser benéfica para trabalhadores, promovendo qualidade de vida e prevenindo doenças ocupacionais. Durante as intervenções o principal instrumento utilizado foi a ginástica preparatória realizada antes da jornada de trabalho com função de preparar os funcionários, aquecendo sobretudo os grupos musculares que eram solicitados em suas atividades profissionais através de exercícios de aquecimento, alongamento, relaxamento e fortalecimento, além disso, realizamos atividades de promoção de maior descontração, disposição e sociabilidade entre os colaboradores através dos jogos cooperativos. Conclui-se a partir desse estudo, e dos depoimentos do nosso público-alvo, que a ginástica laboral e o projeto foram de grande relevância para a melhora da qualidade de vida dos trabalhadores, tanto no sentido fisiológico quanto psicossocial, o que destaca a necessidade da continuidade e da ampliação de projetos como esse, além disso as experiências vividas pelo extensionistas também se configuram como um investimento indispensável para a construção de futuros profissionais de educação física, promotores da qualidade de vida.