Os modos de brincar na comunidade estudantil: uma abordagem (micro) histórica

Abstract

A presente pesquisa parte do estilo historiográfico denominado Micro-história, em que se adota uma postura investigativa de um objeto de estudo voltada para temas particulares, sujeitos anônimos. Temáticas que para a historiografia tradicional passariam despercebidas, mas que não deixam de ser relevantes para a produção do conhecimento. Nesse caso, através de uma pesquisa-ação buscou-se analisar a relação da comunidade estudantil, mais especificamente das séries finais do Ensino Fundamental, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Ademar Veloso da Silveira. A relação dos indivíduos com as brincadeiras já foi bastante estudada por cientistas da educação, mas pouco analisada do ponto de vista da ciência histórica. Vale ressaltar a indiscutível importância das brincadeiras para o desenvolvimento cognitivo e psicológico dos indivíduos na fase infantil. Utilizando-se de questionários e conversas em sala de aula foi possível constatar entre outras informações que a faixa etária dos alunos já se enquadra na fase compreendida como adolescência, e mesmo assim, estes continuam com o hábito de brincar. Brincam frequentemente com brinquedos ou brincadeiras considerados tradicionais e acompanhados de outros colegas. A maioria mora nas proximidades da escola, em bairros considerados populares, onde se mantêm laços de amizade entre vizinhos. É unânime a relação da brincadeira com a felicidade. Tal estudo possibilitou aos alunos o entendimento de que a ciência histórica pode se utilizar de variadas temáticas que envolvam a ação humana, sem perder sua relevância. O que, na verdade, possibilita aos indivíduos envolvidos uma melhor compreensão dos temas abordados, uma vez que, passam a integrar, a fazer parte da produção historiográfica. Essa compreensão também promove um melhor aprendizado no ensino de História.