Impactos sociais causados pela construção da Barragem de Acauã: o caso da comunidade Pedro Velho, Aroeiras-PB

Abstract

Tendo em vista o processo de implementação de barragens com a possibilidade de suprir as necessidades de abastecimento de água para cidades em e seu perímetro, é indispensável destacar que além de beneficiar a população, também tem seu lado prejudicial, por isso, é preciso levar em consideração uma perspectiva divergente aos princípios basilares dessas construções. Nesse sentido, este estudo tem como principal objetivo analisar os impactos sociais causados pela construção da Barragem Argemiro de Figueiredo – Acauã, na comunidade Pedro Velho no município de Aroeiras-PB, sendo a referida barragem localizada na divisa entre os municípios de Aroeiras, Itatuba e Natuba, no Estado da Paraíba. Nesse sentido, o estudo foi realizado visando introduzir uma discussão sobre os diversos impactos sociais produzidos e como isso vem a afetar o modo de vida de todo um povoado. Metodologicamente o trabalho se fundamenta na perspectiva do materialismo-histórico-dialético, como recursos metodológicos foram utilizados a busca bibliográfica, pesquisa documental, uso de matérias jornalísticas, registro fotográfico, aplicação de questionários e informação verbal de alguns moradores reassentados que residem atualmente na Vila Nova de Pedro Velho. Na estruturação dos resultados e discussões foram abordados o processo de desterritorialização e reassentamento da população atingida e suas repercussões, a atuação do MAB em busca dos direitos dos atingidos e o contexto atual da nova comunidade, levando em consideração as grandes transformações ocorridas nesse cenário. Em decorrências de tais fatos, a principal consideração que se pode chegar é que diante da mudança imposta pela implementação do reservatório, são nítidas suas consequências sobre a organização social da população envolvida, pois sofreram prejuízos de diversas naturezas, inclusive, até dos seus meios de sobrevivência. Além disso, foram submetidos à falta de serviços essenciais pela ausência de um adequado plano de mitigação desses impactos, bem como pela falta de infraestrutura na nova comunidade destinada ao reassentamento dos atingidos.