Efeitos de protocolos de treinamento físico utilizados e sua relação com a pressão arterial.

Abstract

Introdução: As diretrizes atuais recomendam a prática de exercícios físicos como medida preventiva e auxiliar no tratamento medicamentoso da hipertensão e suas manifestações patológicas. Entretanto, muitas são as incertezas quanto à melhor prescrição para o controle da pressão arterial em geral. Objetivos: Avaliar os efeitos dos protocolos de treinamento físico utilizados na população portadora da hipertensão arterial em academias e comparar alguns dos protocolos mais utilizados e estudados para controle e tratamento da HAS, com base em pesquisas empíricas realizadas de 2012 a 2020. Metodologia: Estudo bibliográfico baseado em estudos experimentais, publicados em inglês e português, nas Bases de Dados eletrônicas MEDLINE e PubMed; tendo como referência os descritores: hipertensão, exercício físico, exercício aeróbio, treinamento resistido e treinamento intervalado. Resultados: Foram encontrados 19 artigos e incluídos apenas 12 artigos por se interligarem com o objetivo do estudo, divididos em categorias temáticas: exercício aeróbico (2 artigos), exercícios resistidos (3 artigos), exercício aeróbico associado ao resistido (2 artigos), exercício intervalado (2 artigos), treinamento de alta intensidade (2 artigos), teste de força (1 artigo). Todos os artigos que fizeram parte da amostra apresentaram benefícios dos treinamentos para redução PAS, PAD, PAM e FC, evidenciando as recomendações das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial; muito embora, não foram encontrados na presente pesquisa, estudos com protocolos detalhados. Conclusão: A prática do exercício físico regular nos treinamentos aeróbio, resistido e HIIT nas populações normotensas, pré hipertensas, hipertensas e com hipertensão arterial resistente foram de respostas positivas e seguras com relação ao controle, prevenção e tratamento da HAS. Porém, viu-se que ainda se faz necessário estudos mais detalhados acerca dos fatores associados à hipertensão e os possíveis efeitos que os protocolos oferecem a longo prazo.