Perfil epidemiológico de pacientes admitidos na ala Covid-19 em um hospital da cidade de Campina Grande

Abstract

O Corona vírus é um vírus de RNA envelopado. Pertencente a ordem Nidovirales, da família Coronaviridae, o patógeno afeta não só seres humanos, como também outros mamíferos. Desde seu surgimento, ao final de 2019, vem sendo chamada de Doença por Corona Vírus (COVID-19). Casos de infecções respiratórias têm sido documentados por hospitais e comunidades do mundo inteiro e a doença fora declarada como uma emergência internacional de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde. O espectro clínico da doença pode variar desde pacientes assintomáticos, ou com sintomas leves, até quadros de insuficiência respiratória aguda grave. O perfil epidemiológico de pacientes com COVID-19 ao redor do mundo tem sido mostrado como forma de elucidar, e informar a comunidade científica os aspectos e características que vinculados os pacientes que são infectados pelos SARS-CoV-2. Sendo assim, esse estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico de pacientes admitidos na ala COVID-19 de um centro hospitalar, na cidade de Campina Grande, localizada no estado da Paraíba. Para tanto, foi realizado um estudo observacional descritivo no período de março a outubro de 2020, com pacientes de ambos os gêneros, sem limite de idade, com suspeita e confirmação de COVID-19. Os dados colhidos para esse trabalho foram retirados da plataforma eCOVID, desenvolvida pelo Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde da Universidade Estadual da Paraíba (NUTES/UEPB). As variáveis utilizadas para caracterização dos pacientes foram: dados pessoais, história prévia de doenças, sinais e sintomas admissionais e desfechos clínicos, além de exames laboratoriais e de imagem, oxigenoterapia e uso de ventilação mecânica e a realização de procedimentos de fisioterapia. Os achados do presente trabalho apontaram que a maioria dos pacientes admitidos no hospital João XXIII eram do sexo masculino e cerca de 64,8% da população estudada tinha mais de 60 anos. Cerca de 68,5% dos pacientes admitidos receberam alta e apenas 22,2% vieram a óbito. Outro ponto importante é que nem todos os pacientes obtiveram o diagnóstico por meio do exame de transcrição reversa seguida de reação em cadeira da polimerase (RT-PCR), considerado padrão ouro, no entanto foram tidos como diagnosticados devido a evolução e apresentação da doença. Pode-se destacar também que, a reabilitação respiratória figurou como parte do tratamento desses pacientes fazendo parte das possibilidades de manejo e acompanhamento dos pacientes com COVID-19. Concluiu-se que é importante conhecer ao máximo todos os dados disponibilizados a respeito da doença, em prol da elaboração e planejamento de políticas públicas e intervenções que auxiliem na superação da pandemia da COVID-19.