E-learning no ensino superior: competência digital e aceitação tecnológica dos alunos do curso de Ciências Contábeis

Abstract

A presente investigação teve como objetivo a avaliação da percepção do aluno do curso de Ciências Contábeis acerca da sua competência digital e a da sua aceitação tecnológica, bem como, averiguar a existência ou não de relação estatísticas significativa e positiva entre esses dois construtos. Quanto aos aspectos metodológicos, trata-se de estudo qualitativo e quantitativo, exploratório e descritivo que utiliza como procedimento de coleta de dados questionários adaptados e provenientes do: (i) Modelo de Aceitação Tecnológica (TAM) proposto por Davis (1989) e; (ii) Quadro Europeu de Competência Digital para Cidadãos (DigComp 2.1). A amostra foi constituída por 151 alunos do curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual da Paraíba, sendo esta, uma amostra probabilística, com erro de 6,6%. Aferiu-se a consistência interna das escalas utilizadas através do alpha de Cronbach, obtendo-se os valores 0,872, para aceitação tecnológica e 0,927, para competência digital, sendo, pois, valores aceitáveis para fins de investigação. As seguintes médias foram encontradas para os construtos aceitação tecnológica e competência digital, respectivamente, considerando todos os itens de cada uma das escalas em estudo: 3,19 e 4,02, atribuindo-se, para ambos os construtos, uma percepção favoravelmente reconhecida, por parte dos discentes, tendo em vista que a escala média dos construtos trata-se de uma escala de likert que varia de 1 a 5, com conteúdos semânticos que denotam percepção positiva à medida que se aproximem de 5. Ao proceder à correlação de pearson entre a competência digital e seus seis sub-construtos, pode-se averiguar que o sub-construto (dimensão) que melhor explica a competência digital é a utilização da informação e dos meios (0,872), seguido da comunicação e colaboração digital (0,830), utilização da tecnologia de forma criativa (0,808) e a criação de conteúdo digital (0,794). Entre os construtos competência digital e a aceitação tecnológica, observou-se correlação positiva, significativa e de intensidade moderada (0,364). A análise de regressão entre competência digital (variável dependente) e aceitação tecnológica (variável independente), obteve um coeficiente de determinação (R²) 0,133, com p-valor de 0,000, denotando uma correlação linear positiva entre os construtos, ou seja, a existência de relação estatisticamente significativa entre as duas variáveis, aceitando a hipótese sugerida no estudo.