A atividade física influencia no desfecho clínico (prognóstico) em pacientes com covid-19? Uma revisão narrativa

Abstract

A prática regular da atividade física proporciona vários benefícios à saúde constituindo uma forma efetiva de prevenção à ocorrência de doenças. Com relação a COVID-19, há a necessidade de trabalhos que discutam o efeito profilático da prática de exercícios físicos sobre a doença. O objetivo do trabalho foi reunir prováveis respostas que colaborem para um melhor esclarecimento acerca do quão eficaz e influente pode ser a atividade física no prognóstico de COVID-19. Tem o propósito também de destacar o quão importante é a prática de exercícios para manutenção da saúda humana, sua influência na vacinação e no processo de reabilitação de pacientes com COVID-19. A busca foi realizada utilizando descritores em inglês cadastrados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Physical activity/Prognosis/COVID-19. A pesquisa foi realizada nas bases de dados usando as strings: (Physical activity AND Prognosis AND COVID-19) e a busca foi realizada nas seguintes bases eletrônicas: PubMed, (National Library of Medicine), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIENCE Direct. Foram incluídos artigos disponíveis livremente na íntegra e nas línguas portuguesa, inglesa ou espanhola e publicados nos anos recentes e que abordavam o tema de interesse e excluídos artigos que não atenderam a temática. Ao final 56 artigos foram incluídos na revisão. Diversos pontos de vista foram destacados enfatizando a importância da atividade física como forma de manter um estilo de vida saudável, contribuindo na prevenção de diversas doenças. Este estudo apresentou algumas evidências de que o exercício moderado tem a capacidade de prevenir o risco de adquirir a infecção COVID-19, diminuindo a mortalidade e a taxa de incidência de infecção por COVID-19, uma vez que tem a capacidade de potencializar o sistema imunológico. Além disso, foi visto que pacientes que eram constantemente inativos apresentaram maior taxa de hospitalização, admissão na UTI e mortalidade. Observou-se também que a atividade física pode também influenciar o processo de vacinação, podendo ser uma estratégia eficaz para aumentar as respostas de anticorpos. Fica evidente também a importância dos exercícios físicos no processo de reabilitação dos pacientes, desempenhado um papel positivo no tratamento de doenças do sistema respiratório. Tal prática pode minimizar as sequelas e recupera a qualidade de vida após a infecção. Portanto a atividade física como uma abordagem protetora não farmacológica pode ser uma estratégia importante para diminuir os sintomas e óbitos causados pelo COVID-19, modulando a resposta de vários mediadores inflamatórios, gerando de benefícios nos sistemas de imunidade e inflamação. Devido a isso, é de fundamental importância que os governantes, assim como toda a população reconheçam a atividade como essencial para o bem-estar físico e mental. Além disso, são necessárias políticas públicas que tornem a população mais ativa fisicamente como forma de um melhor enfrentamento da atual e futuras pandemias.