Avaliação da concordância interobservador no diagnóstico endodôntico

Abstract

O diagnóstico compreende uma etapa complexa e subjetiva da endodontia, em que os recursos são limitados e baseiam-se na interpretação dos sinais e sintomas. O desconhecimento das condições que acometem o complexo dentino-pulpar está ligado ao insucesso do tratamento endodôntico. Cabe ao profissional diagnosticar corretamente. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de concordância diagnóstica inter-examinadores, através dos aspectos clínicos e radiográficos. Trata-se de um estudo de delineamento transversal, foi aplicado aos profissionais previamente um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), e posteriormente um formulário contendo informações acerca da formação profissional, especialidades, métodos de diagnóstico utilizados, seguido de 10 casos clínicos contendo as informações necessárias para hipótese diagnóstica, onde, 12 profissionais subdivididos em quatro grupos pré participaram. A análise de concordância foi realizada utilizando o teste Kappa com intervalo de confiança de 95%. Houve alta concordância entre os avaliadores 2 e 3 (90%) do grupo 1, 1 e 3 (80%) do grupo 2, 90% nos avaliadores 1 e 2, 2 e 3 do grupo 4. O parâmetro de respostas quando comparado aos grupos observou-se maior concordância dos avaliadores 2 e 3 (grupo1), 3 (grupo3) e 1, 2 e 3 (grupo4). A coesão interobservador escolhida de cada grupo mostrou que mais de 70% das hipóteses está de acordo com o parâmetro da pesquisa. Concluiu-se que as variações de concordância mostram que divergências podem ocorrer durante o diagnóstico entre profissionais. Desse modo, todos os profissionais independente de serem professores, especialistas, ou generalistas devem entender e conhecer as condições para que se obtenha o consenso acerca do diagnóstico.