A prática feminicida e as atitudes afetivas segundo Frankl: um estudo à luz da logoterapia

Abstract

O presente artigo tem como objeto de estudo a prática feminicida em correlação com as atitudes afetivas propostas por Viktor E. Frankl. Lançando mão de uma pesquisa do tipo qualitativa, com abordagem exploratória e descritiva; tendo como método a revisão narrativa, articulada à pesquisa bibliográfica. Destarte, para dar prosseguimento ao estudo, adotou-se como questionamento basilar a seguinte inquirição: Alguma das atitudes afetivas apresentadas por Viktor Frankl poderia imbricar-se na prática feminicida? Assim, após perquirir a obra Psicoterapia e sentido da vida: Fundamentos da logoterapia e análise existencial, concluiu-se que a pratica feminicida pode ser eivada tanto pela atitude sexual, quanto pela atitude erótica, pois nestas, há apenas a manifestação das atrações corpóreas e/ou anímicas; conquanto, o perpetrador do feminicídio jamais poderia estar imbuído de uma atitude amorosa prevista por Frankl, pois há aí a admiração do ser amado em sua unicidade e irrepetibilidade, tornando assim impossível a execução do feminicídio qualificado pela condição do gênero feminino.