Ensino remoto emergencial: implicações na formação inicial de professores de Química

Abstract

Com a presença da pandemia devido ao vírus COVID-19, o contexto de ensino foi alterado para um novo modelo denominado de Ensino Remoto Emergencial (ERE), que exigiu o distanciamento social, as instituições de ensino começaram a ministrar aulas por intermédio das plataformas digitais e suas tecnologias. Para essa nova modalidade de ministração de aulas algumas dificuldades foram encontradas, principalmente quando falamos de disciplinas experimentais e de estágios supervisionados, sendo que estas dependem muito da presença do estudante no ambiente físico, a fim de observar, conviver e vislumbrar de forma prática o conteúdo teórico apresentado nas universidades. Para a disciplina de estágio, os pontos relevantes de observar e ter interação com todo ambiente e funcionamento da escola de foi substituído por telas de computadores e plataformas digitais, perdendo aquela essência de convívio direto com os alunos e professores. Para a disciplina experimental, no qual ela representa o momento de concretização de todo o conhecimento teórico, a partir do “fazer”, manusear vidrarias de laboratório ficou impossível de se concretizar, sendo apenas possível visualizar através de imagens, assim como também aquelas reações químicas que tanto agradam os olhos ao mudarem de cor, ou até mesmo alteração de temperatura junto aos aromas característicos de cada substância, ficaram apenas nas telas dos computadores e smartphone. Todas as novas perspectivas tiveram grande influência na formação inicial de professores, sendo a partir deste pressuposto que se tornou importante a verificação da eficácia do ensino e aprendizagem mediante ao ensino remoto emergencial. Nesse sentido, a pesquisa buscou avaliar as implicações do ERE para os componentes curriculares experimentais e estágios supervisionados para formação inicial do estudante de licenciatura em Química da UEPB. A abordagem metodológica da pesquisa se caracteriza como método qualitativo, o instrumento de coleta de dados foi um questionário. Os resultados apontaram que os professores em formação tiveram que se adaptar ao formato de ensino para minimizar os prejuízos da formação, bem como a oportunidade de vivenciar novas possibilidades de atuação docente. Neste contexto, podemos concluir que os fatores e impactos dessas mudanças foram sentidos pela comunidade acadêmica, os licenciandos por sua vez foram os protagonistas desse novo modelo de formação e sua participação ativa gerou opiniões e relatos que divergiram e convergiram em alguns pontos, mas que de forma geral afetam o modelo de formação inicial dos professores.