O caso da TV Cultura e seus limites: entre um sistema público e estatal de comunicação

Abstract

Esta pesquisa busca identificar o perfil da TV Cultura e suas operações num limite entre a radiodifusão pública e estatal por meio de uma análise descritiva e qualitativa que aponte características que reforcem esta premissa. Procurou-se analisar esta questão por meio de um estudo de caso conforme Yin (2001) e de uma análise de conteúdo partindo dos apontamentos de Bardin (2016), dos relatórios emitidos pela Fundação Padre Anchieta (FPA), entidade mantenedora da emissora, onde constam as atividades da TV ao longo do ano para identificar como ela se comporta, levando em consideração as conceituações de comunicação pública de Bucci (2015), Duarte (2009), Brandão (2009) e Mendell (2011). No estudo do recorte de programação da Cultura, a análise foi feita considerando os apontamentos de Otondo (2002) e Mendell e Barrendt (2011). Os resultados mostraram que a TV Cultura está em um limite entre pública e estatal, com dependência dos recursos estaduais e estreitando a relação com o modelo comercial de televisão, o que vai de encontro com as premissas da comunicação pública efetiva.