Atuação fisioterapêutica no atendimento de mulheres trans submetidas à cirurgia de redesignação sexual

Abstract

Introdução: Disforia de gênero se refere a indivíduos com uma forte e persistente não-identificação do seu gênero, com o sexo anatômico; o que pode causar sofrimento subjetivo, social e corporativo. Como uma forma de amenização, os tratamentos de readequação sexual são importantíssimos para melhorar a qualidade de vida da população transexual. As intervenções cirúrgicas mais comuns são a mamoplastia de aumento e a criação da neovagina por inversão da pele peniana. Nesta técnica, uma cavidade neovaginal é criada entre o reto e a uretra e pode trazer consequências, como por exemplo a estenose vaginal. Assim posto, sabe-se que a fisioterapia aplicada no perioperatório de cirurgias, no geral, está associada à melhora significativa nos resultados funcionais e qualidade de vida nos pacientes e ao impedimento de que certas consequências apareçam. Objetivo: Realizar um levantamento da literatura sobre o atendimento fisioterapêutico a mulheres trans submetidas à cirurgia de redesignação sexual e seus efeitos durante o processo perioperatório. Métodos: Foi realizada uma reunião integrativa da literatura, com busca nas bases de dados MEDLINE, BVS, SciELO, PEDro. Foram incluídos artigos publicados entre 2012 e 2022, em inglês e português, que tivessem disponíveis na íntegra. Resultados: foram incluídos dois artigos a serem trabalhados. Todos os trabalhos avaliaram as condições, pré e pós-cirúrgicas, do assoalho pélvico de cada uma das mulheres que passariam pela vaginoplastia de afirmação de gênero; e propuseram um plano de tratamento. Chegando ao resultado que a disfunção do assoalho pélvico é comumente observada em pacientes com disforia de gênero mesmo antes da cirurgia. A fisioterapia pélvica mostrou-se um importante serviço para o período perioperatório no atendimento às pessoas transgênero que buscam a transição cirúrgica.