Ensino remoto na educação básica: percepções de estudantes de escolas públicas da microrregião de Princesa Isabel/PB

Abstract

A pandemia causada pelo novo coronavírus ameaçou colapsar os sistemas de saúde, por sua rapidez na disseminação entre a população mundial. Nesse sentido, medidas como o lockdown foram adotadas visando diminuir o ritmo da contaminação e instituições de ensino amparadas na legislação nacional e estadual passaram a adotar uma nova modalidade de ensino para dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem denominada ensino remoto. Partindo desse contexto, o objetivo da pesquisa é compreender as vivências subjetivas do ensino remoto para adolescentes e jovens de escolas públicas da microrregião de Princesa Isabel - PB e suas implicações no cotidiano, na saúde e na aprendizagem desses estudantes. A pesquisa realizada no âmbito do Programa de Iniciação Científica – PIBIC, da UEPB (cota 2021-2022) com o Grupo Estudo e Pesquisa Interdisciplinar em Educação, Saúde e Trabalho (GEPIEST). A pesquisa foi realizada nas cidades de Juru, Princesa Isabel, São José de Princesa e Tavares em 07 escolas públicas da rede municipal e estadual. Participaram da pesquisa estudantes do 8° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio. Os dados da pesquisa permitem constatar, embora seja reconhecida a necessidade de adesão ao ensino remoto para dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem durante o período pandêmico, os estudantes relatam que o ensino remoto, aliado ao período de isolamento social, acarretou prejuízos no processo de aprendizagem. Assim, fazendo com que esses jovens fossem marcados pelo adoecimento físico e mental aparente, nos sentimentos de tristeza e em episódios de ansiedade vivenciados por eles. Destaca-se a importância de políticas públicas e ações pedagógicas no âmbito escolar na perspectiva de amenizar os danos psicossociais do ensino remoto para estudantes, sobretudo, para jovens e adolescentes das classes populares.