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dc.contributor.authorBezerra, Sadraque de Abreu-
dc.date.accessioned2023-12-12T15:33:52Z-
dc.date.available2023-12-12T15:33:52Z-
dc.date.issued2023-11-28-
dc.identifier.otherCDD 808.068-
dc.identifier.urihttp://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/30599-
dc.descriptionBEZERRA, Sadraque de Abreu. Dessilenciando Úrsula: uma análise do romance de Maria Firmina dos Reis. 2023. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Português) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2023.pt_BR
dc.description.abstractO presente artigo objetiva refletir sobre a representação e construção do feminino no sistema patriarcal oitocentista na obra Úrsula de Maria Firmina dos Reis, dando com foco na personagem Úrsula. Ela demonstra-se como o plano de fundo para vozes marginalizadas e subalternas e se distancia de outras heroínas românticas que seguem um perfil estagnado e sem dinamismo, ao abrir lugar de fala para personagens secundárias na narrativa, a exemplo do trio de negro, Túlio, Antero e a Preta Susana. Essas personagens foram emudecidas e marginalizadas, mas quando estas vozes subalternas tem suas vidas violadas, a personagem também cai no silêncio do discurso hegemônico e dominante, sofrendo violência física, psicológica e simbólica. Diante dessa contextualização, objetivamos ao longo desta pesquisa discutir a condição subalterna da mulher branca e negra, as questões voltadas para violência simbólica, psicológica e física, como a personagem foi construída no enredo narrativo e sua representação. A personagem por estar em um cenário patriarcal sofre a imposição naturalizada e da normatividade do discurso da tradição que a põe à mercê do predeterminismo masculinista, a serem submissas, destinadas ao casamento e mantê-lo a todo custo. O amor romântico das personagens protagonistas é uma ruptura ao desconstruir conceitos preconcebidos e perpassados pelo discurso machista. Assim, tendo em vista, os aspectos metodológicos, nossa investigação possui caráter qualitativo, de base bibliográfica, ao dialogar com o conceito de subalternidade de Spivak (2010) que possibilita o dessilenciamento e a ruptura com estereótipos que persistem em subalternizar tanto personagens femininas, como escritos de autoria feminina. Também, refletiremos, a partir de Cândido (2002), a despeito da literatura romântica no Brasil, além de, considerando os postulados de Nascimento (2009) e Da Silva (2009), Zin (2018), Carrupt (2019), entre outros, discutir nos trechos do romance focalizado a impossibilidade de ascender, de se impor e da desconstrução do feminino subalternizado e marginalizado. Como resultados, percebemos que ao longo da narrativa se desenvolve a representatividade feminina como forma de resistência, ao imprimir voz às personagens secundárias subalternas e marginalizadas em um contexto que limitava o discurso feminino a mercê da imposição de um discurso centrado no tradicionalismo patriarcal naturalizado. Esta condição pesou na construção de uma sociedade que valoriza as mulheres e suas atribuições, que perduram até os dias atuais.pt_BR
dc.description.sponsorshipOrientador: Olavo Barreto de Souzapt_BR
dc.language.isootherpt_BR
dc.subjectSubalternidadept_BR
dc.subjectDessilenciandopt_BR
dc.subjectLiteratura Afro-Brasileirapt_BR
dc.subjectMaria Firmina dos Reispt_BR
dc.titleDessilenciando Úrsula: uma análise do romance de Maria Firmina dos Reispt_BR
dc.typeOtherpt_BR
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