Conhecimento tradicional do uso do mastruz (Chenopodium ambrosioides L.) entre os moradores de Campina Grande-PB

Abstract

É sabido que no Brasil a interação entre povos permitiu a disseminação do conhecimento herdado em relação ao uso e cultivo de diversas espécies vegetais com finalidades medicinais, em específico, sobre a planta conhecida popularmente como mastruz (Chenopodium ambrosioides L.). O uso da planta em diversas especialidades e com objetivos estabelecidos, faz com que haja a necessidade de uma investigação para identificação e análise do uso, seja contínuo ou esporádico, para se conhecer suas indicações e possíveis reações adversas. Nesse contexto, o estudo da Chenopodium ambrosioides, traz à comunidade uma série de novos elementos que podem auxiliar em processos medicamentosos fitoterápicos. Portanto, o objetivo deste trabalho é de identificar, analisar e verificar as indicações e contraindicações no uso do Chenopodium ambrosioides. As entrevistas foram realizadas durante visitas domiciliares nos bairros de José Pinheiro e Tambor em Campina Grande/PB, com 25 indivíduos entre eles homens e mulheres que possuíam conhecimento sobre a utilização do mastruz como primeira opção de tratamento para doenças. Teve uma abordagem qualitativa, de natureza aplicada e descritiva, explicativa, estudo de campo, com aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas participantes. Com o método bola de neve sem considerar idade ou gênero. Dentre os resultados, o mastruz com leite e o chá são as formas de uso mais aplicados; suas indicações mostram uma tendência para doenças respiratórias, gripes e inflamações. Por outro lado, as contraindicações como: intoxicação, aborto e alergia não são de conhecimento de 80% dos entrevistados. Nessa perspectiva, rever o conhecimento de práticas deixadas de lado pelo acesso a novas formas de tratamento para enfermidades ressalta a importância das habilidades adquiridas pelos seres humanos em relação a reconhecer no ambiente o que pode auxiliar em sua sobrevivência.