A prática da ginástica acrobática como uma proposta inovadora no campo da educação física escolar

Abstract

O presente trabalho objetiva, de maneira geral, analisar as potencialidades de uma intervenção pedagógica a partir do conteúdo ginástica acrobática enquanto uma possibilidade inovadora na área da educação física escolar. Em relação às contribuições teóricas, Betti (2005); Fensterseifer e Silva (2011) apresentam suas compreensões sobre a educação física escolar, e, a respeito da ginástica acrobática, Kiouranis (2020); Merida e Piccolo (2008) fundamentam a pesquisa. Nesse aspecto, para assimilar a prática inovadora na educação, os escritos de Almeida (2017); Nascimento et al. (2023) e Kunz (2007) são indispensáveis. Di Camargo (2020), dá sentido à alteridade, que pode se relacionar com o Círculo de Bakhtin. Santana (2021) esclarece que o eu, para Bakhtin não é um ser egoísta, mas que necessita do outro para atribuir significado e razão à vida, e quem reforça essa ideia é Miotello (2019). A educação física enquanto linguagem é alicerçada por Barros (2017) e por Kuenzer (2002). Como caminho metodológico, a pesquisa é fundamentada em um estudo bibliográfico prévio, e, em seguida, tem continuidade com uma pesquisa-intervenção de abordagem qualitativa, a fim de analisar os dados obtidos, nos quais consiste em avaliar o entendimento dos aprendentes sobre a ginástica acrobática e suas implicações na/para as aulas de educação física escolar. A pesquisa foi desenvolvida na escola municipal Poeta Álvaro Guedes Pinheiro da cidade de Campina Grande - PB, com alunos do 5º ano, abordando a temática da Ginástica Acrobática. Como resultado, pôde-se comprovar que os alunos não são tábulas rasas, e o entendimento deles acerca do abordado agrega demasiadamente nas aulas, por isso a importância da avaliação diagnóstica. Durante os encontros foi possível observar o atravessamento do olhar do outro, a alteridade e a relação de confiança. Foi evidenciado a importância de compreender o tempo-espaço da escola para o corpo e a necessidade do (re)planejamento frente às dificuldades que vão surgindo, tal como a imersão dos discentes no universo digital que ocasionou meio que uma desestimulação com as aulas, necessitando de estratégias para canalizar o interesse deles de volta para o conteúdo. Dessa maneira, ao final, foi possível compreender que a alteridade e a compreensão da ginástica acrobática enquanto linguagem constituem as potências inovadoras da presente pesquisa. E, para além das pesquisas, é preciso que os docentes assumam a responsabilidade em relação às ideias abstratas e conceitos teóricos que discutem. Caso contrário, essas ideias perdem sua importância e relevância ao longo do tempo. É necessário agir de acordo com aquilo que se acredita, para que as ideias não se tornem apenas teorias vazias.