Matemática financeira em documentos oficiais da educação: pontos e contrapontos no escopo brasileiro

Abstract

Parece que, no âmbito das políticas educacionais do Brasil, os documentos oficiais que regem o ensino, a aprendizagem e a relação biunívoca entre eles foram elaborados considerando pontos e contrapontos específicos no seio cultural, histórico e social da nação. No entanto, é necessário revisitar tais documentos a fim de entender a importância da Matemática na formação social e política. Posto isso, essa investigação trata a Matemática sob a perspectiva do que é/deveria ser ensinado nas escolas brasileiras. Cordeiro (2018); Cunha (2020) e Silva Júnior (2020) corroboram teórico-metodologicamente sobre a importância do ingresso da matemática financeira no ensino, sobretudo na Educação Básica.Posto isso, investigou-se, a partir da inquietação sobre a abordagem da educação financeira nos documentos oficiais, os pontos e contrapontos no escopo brasileiro diante de uma perspectiva política. Por meio de uma pesquisa documental teve-se como objetivo: analisar das inserções da Educação Financeira nos documentos oficiais brasileiros que tangenciam aspectos ligados à educação básica, sendo eles: Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Conclui-se que (i) a discussão sobre a BNCC e os PCNs da área da Matemática que contemplam as relações de saberes diversificados, como a educação financeira, no âmbito escolar, especialmente no ensino de base para os anos de ensino médio; (ii) as análises dispostas levam a compreender que os textos que compõem os PCNs entendem a importância da pluralidade do ensino da Matemática e mais ainda quando ela está alinhada ao interesse público, como o caso da educação financeira, que ajuda e impulsiona conhecimentos na esfera social; (iii) Tanto nos PCNs, quanto na BNCC não há um mergulho mais efusivo na seara político-social, evidenciando a escassez da abordagem enquanto protagonismo da Educação Financeira.