(18/06/2025) Vulnerabilidade clínico-funcional e autopercepção de saúde entre pessoas idosas participantes de uma Universidade Aberta à Maturidade (UAMA)

Abstract

A vulnerabilidade das pessoas idosas está relacionada diretamente a preservação da sua capacidade eficaz de autonomia e independência. A possibilidade de participação em universidades abertas à maturidade soma maior interação social e partilha em convívio, proporcionando experiências, diversidades, competências e habilidades. O presente estudo objetivou-se analisar as possíveis vulnerabilidades clínico-funcionais presentes entre pessoas idosas pertencentes a Universidade Aberta à Maturidade (UAMA), pelo IVCF-20. Trata-se de um estudo transversal, de caráter exploratório descritivo com abordagem quanti e qualitativa com 102 participantes da Universidade Aberta a Maturidade (UAMA/UEPB), para coleta de dados foi utilizado como instrumentos um questionário semiestruturado, com informações sociodemográficas e a Escala de Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20). Dentre os critérios de inclusão: pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, matriculados na UAMA e que aceitaram de forma voluntária integrar a pesquisa. E como critério de exclusão: pessoas participantes que não estavam no perfil etário; pessoas que não conseguiram responder todas as questões dos instrumentos de pesquisa e que não estavam presentes no período da coleta de dados. Os dados em caráter quantitativo foram trabalhados com base na estatística descritiva e para os dados qualitativos a análise do conteúdo. Observou se que houve a predominância de idosos com baixo risco de vulnerabilidade clínico-funcional em 61,76%, com moderado risco de fragilização em 30,39% e alto risco de vulnerabilidade 7,84% dos idosos. Foi elencada três categorias temáticas: I) Saúde como ausência de doenças; II) Saúde como um bem-estar biopsicossocial e espiritual; III) Saúde é conseguir vencer as vulnerabilidades clínico-funcional. Conclui-se que, há necessidade contínua de avaliação clínico-funcional em grupos de pessoas idosas para que o risco de vulnerabilidades sejam o mais precocemente detectáveis e passíveis de intervenções educativas, principalmente, quando essas pessoas participam de universidades abertas, onde o debate em prol da qualidade de vida é viabilizado pelas interação social promovida pelos programas institucionais, assim como da criação de autoconsciência de promoção e geração de saúde entre aqueles que envelhecem.