Difusão inclusiva em arquivos: a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no ensino e pesquisa em arquivologia

Abstract

O direito à informação constitui diferentes dimensões de atuação que convergem na possibilidade de a pessoa cidadã ter disponível e acessar qualquer fonte de informação pública antes mesmo de expressar necessidade, sendo-lhe assegurado o acesso sempre que solicitado. A Arquivologia constitui uma importante dimensão que remonta os processos de gestão documental nos diferentes contextos de instituições públicas ou privadas desde a produção, organização, destinação e acesso. Este último, como função arquivística no viés da difusão deve pautar recursos e estratégias de acesso e de acessibilidade. O presente artigo objetiva analisar teoricamente a função arquivística de difusão sob a perspectiva da acessibilidade de pessoas surdas em arquivos. A metodologia segue uma abordagem qualitativa aliada ao método de revisão sistemática de literatura e toma como objeto a produção de conhecimento na Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia – REPARQ, durante as sete edições do evento a nível nacional, em que é realizado um levantamento acerca da inserção da abordagem da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como requisito ao acesso à informação e competência profissional no âmbito do ensino e pesquisa em Arquivologia. Como resultados são apresentados os dados do levantamento que revelam a escassez de produção de saberes, diálogos temáticos e encaminhamentos acerca da temática de acesso à informação por meio da acessibilidade com a abordagem da LIBRAS no evento. Conclui-se que é requisito fundamental pautar a construção do viés de acessibilidade além do acesso à informação nos arquivos, e, em especial em espaços que buscam contribuir com a formação e expansão do conhecimento na Arquivologia para capacitar os profissionais a atuarem com formas inclusivas a exemplo da LIBRAS no contexto da difusão e mediação do conhecimento presente em arquivos.