Estudo da dinâmica do uso do solo e do desempenho do sistema de microdrenagem urbana no bairro das Malvinas – Campina Grande –PB

Abstract

A expansão urbana descontrolada e mal administrada, aliada à falta de planejamento adequado dos sistemas de drenagem urbana, tem acarretado inúmeros efeitos adversos à sociedade. Os problemas mais frequentes é a ocorrência de alagamentos, enchentes e inundações durante eventos prolongados de chuva nas cidades brasileiras e no mundo. A raiz destes problemas advém na intensificação das atividades humanas, nomeadamente no crescimento desenfreado nas médias e grandes cidades, que aumenta progressivamente a extensão das superfícies impermeáveis. O estudo enfoca o crescimento dos padrões de uso e ocupação do solo, além disso, busca avaliar a distribuição das chuvas e as características hidrograma de cheias em diferentes cenários resultantes da crescente urbanização da cidade ao longo de um período de 13 anos. Foram utilizados banco de dados do IBGE sobre a mapa do estado da Paraíba do município de Campina Grande, e principal sobre mapas censitários dos bairros que existe no município, esses dados em formato (Shapefiles). Este trabalho feito com o auxílio de ferramenta Google Earth Pro para extrair os resultados de área impermeável e permeável do solo, por meio da análise da ocupação. Além disso, utiliza o software QGIS para processar esses resultados. Também utiliza o software HEC-HMS para realizar simulações hidrológicas e hidrodinâmicas da bacia. Os resultados de análise de Uso e Ocupação do solo (UOS) mostram um aumento de 5,07% nas áreas impermeáveis no primeiro período (2005-2012), e no segundo período (2012-2018) foi um aumento de 4,73%. Isso demonstra uma diferença comparável no crescimento da urbanização e ocupação do solo entre os períodos analisados. Uma análise hidrológica foi realizada para o mesmo período em relação à ocupação do solo foi realizada para examinar os hidrograma de cheias, a vazão de pico na saída no exutório 35,80m³/s aos 35 minutos após a chuva no cenário 2005. Após 7 anos no processo de UOS, a área impermeável aumentou, no primeiro período a vazão de pico no exutório é 38,30m³/s nos tempos de 35 minutos. No último período depois de 6 anos, no exutório a vazão de pico aumentou para 40,60 m³/s, no mesmo intervalo de tempo do cenário de 2012. Isso ilustra ainda mais que a área impermeável amplificada afeta diretamente as características do hidrograma de cheias. Concluindo que num mesmo intervalo de tempo vazão de pico são distintas, para uma bacia de tamanho iguais, o que afeta e diferencia a vazão de pico e a alteração de permeabilidade do solo, posteriormente acarreta diretamente na entrada e saída de uma hidrograma da bacia.