Sintomatologia dolorosa musculoesquelética e qualidade de vida de policiais militares: uma revisão integrativa

Abstract

As diversas características laborais que integram o trabalho subsidiam e compõem a qualidade de vida (QV) dos trabalhadores. Essas pessoas podem ser consideradas “engrenagens” de um sistema maior e complexo que detêm habilidades, conhecimentos e técnicas que se permite atingir o objetivo proposto. Neste sentido, tem-se os policiais militares (PM) integrantes de um grupo de servidores públicos que, no desempenho de suas funções, são expostos a diversos fatores que contribuem para o surgimento de desgastes físicos e mentais, dentre os quais, destaca-se a dor musculoesquelética que pode afetar diretamente a QV. Diante disso, o objetivo deste estudo é investigar as queixas de sintomatologia dolorosa musculoesquelética e as repercussões na qualidade de vida de policiais militares. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura através da busca nas bases de dados PubMed, Medline, PEDro, SciELO, CAPES e LILACS, no período de abril e outubro de 2024, utilizando descritores oriundos do DECs e MeSH, baseados na estratégia PICO. Foram incluídos artigos publicados entre 2014 e 2024, em qualquer idioma. Dessa forma, 3 estudos foram selecionados para compor a presente revisão. A amostra total incluiu 101 policiais militares, sendo a maioria indivíduos do sexo masculino, com idade média variando entre 32±6 e 34±5 anos e com diferentes relatos de dores musculoesquelética. Os dados dos estudos demonstraram que em qualquer momento da carreira os PM poderão apresentar sintomas dolorosos associados às atividades laborais com queixa principal na região lombar, podendo estar relacionado ao envelhecimento, IMC e tempo de serviço prestado. Conclui-se, portanto, que tais sintomas podem afetar diretamente a qualidade de vida desses profissionais impactando, também, à expectativa de vida quando comparada aos índices de outras profissões, sendo necessária a atenção por parte dos gestores na implementação de políticas e programas de cuidados à saúde, reduzindo a ocorrência dos agravos à qualidade de vida e à saúde.