A psicologia e o fenômeno da angústia na contemporaneidade: considerações à luz da logoterapia

Abstract

O fenômeno da angústia já foi abordado por diversas perspectivas teóricos, notadamente no contexto das guerras mundiais e das transformações sociais do século XX. As atrocidades e o sofrimento causados pelos conflitos globais geraram um profundo sentimento de desorientação e perda de sentido, levando muitos a questionarem os fundamentos da existência humana. É neste cenário que a logoterapia de Viktor Emil Frankl, de certo modo, emerge como uma resposta às questões existenciais da época devido ao contexto histórico marcado pelas atrocidades das Guerras Mundiais. Este estudo teve por objetivo discorrer, por meio de uma revisão bibliográfica narrativa, sobre o fenômeno da angústia na contemporaneidade à luz da Logoterapia. Tratou-se de um estudo exploratório e descritivo, fundamentado numa revisão bibliográfica do tipo narrativa, com abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu por meio do acesso a materiais de referência disponíveis em bases de dados científicas relacionadas ao tema em estudo, incluindo artigos, livros e capítulos de livro. Em virtude de seu caráter de revisão narrativa, o estudo se propôs a abordar a temática através de uma série de tópicos temáticos, conforme os objetivos propostos. Dessa forma, foram abordados os seguintes eixos temáticos: 1) O início da psicologia como ciência moderna; 2) Logoterapia e o fenômeno da angústia e, 3) A angústia na sociedade contemporânea à luz da logoterapia. Compreende-se que angústia é uma condição intrínseca ao ser, mas sua manifestação está profundamente ligada ao contexto vivido. A desorganização que caracteriza a contemporaneidade frequentemente resulta em uma falta de acolhimento, exacerbando essa sensação de inquietude existencial. De certo modo, descrever a natureza fundamental dessa inquietude e compreender o mal-estar que permeia a sociedade ainda se apresenta como desafio significativo para a Psicologia. Assim, a Logoterapia lança luz sobre essas questões, tendo em vista auxiliar os sujeitos a reconhecer e lidar com a angústia existencial, compreendendo-a como parte integrante da condição humana e buscando encontrar sentido e propósito na vida, mesmo diante do sofrimento.