Influência das mídias sociais na autoimagem e na motivação para o exercício em mulheres

Abstract

As redes sociais ocupam um espaço central na vida cotidiana e têm influenciado diretamente a maneira como as pessoas constroem sua autoimagem, o constante contato com conteúdos estéticos, perfis fitness e influenciadores digitais nas plataformas como Instagram, TikTok e Facebook intensifica os processos de comparação social e pode afetar a motivação para a prática de exercícios físicos. Nesse contexto, a busca por um corpo idealizado, muitas vezes moldado por padrões inatingíveis, tem gerado impactos significativos na autoestima e na relação das mulheres com o próprio corpo. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo investigar de que forma o uso das redes sociais influencia a percepção corporal e a motivação para o exercício físico em mulheres com idade entre 18 e 55 anos. Para isso, foi aplicado um questionário online composto por questões objetivas baseadas na Escala de Likert, perguntas discursivas abertas e a Escala de Silhuetas de Damasceno. Os dados coletados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa, permitindo a identificação de padrões entre percepção corporal, consumo de conteúdo digital e frequência de treino. Os resultados indicaram que, embora muitas participantes relatem sentir-se motivadas pelas redes sociais, a insatisfação corporal ainda é fortemente presente, inclusive entre aquelas com rotina ativa de exercícios. A análise das respostas discursivas reforçou a dualidade desse fenômeno, apontando tanto os aspectos positivos quanto os negativos do contato frequente com mídias digitais. Por fim, conclui-se que, apesar de seu potencial motivacional, o uso das redes sociais pode contribuir para uma percepção distorcida do corpo, sendo necessário promover um uso mais consciente e crítico dessas plataformas, além da valorização da diversidade corporal e da saúde como prioridade.