Uso de plantas medicinais: uma análise de percepção de estudantes e profissionais da universidade estadual da paraíba

Abstract

O uso popular de plantas medicinais é uma prática que acompanha o ser humano desde os primórdios da civilização, sendo fundamentada no acúmulo de informações repassadas oralmente através de sucessivas gerações. O objetivo com esse trabalho foi conhecer a percepção do público da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) sobre o uso de plantas medicinais. Os dados foram coletados através de questionários elaborados na plataforma virtual Google Forms. Os participantes foram alunos e docentes dos cursos: Técnico em Agropecuária, Bacharelado em Agronomia, Licenciatura em Letras e em Ciências Biológicas, além de servidores da UEPB, Campus IV, em Catolé do Rocha, no Sertão paraibano. Ao todo, 70 pessoas responderam ao questionário, no qual 52,9% são mulheres e 47,1% são homens, com idade entre 18 a 60 anos. Desses, 65,7% cursam ou já cursaram uma graduação; 24,3% o ensino médio; 2,9% o doutorado e 2,9% o ensino fundamental. Cerca de 97% afirmaram conhecer alguma planta medicinal e, 68,6% fazer uso para curar alguma enfermidade. Foram citadas 10 espécies, pertencentes a 6 famílias botânicas, sendo Hortelã (Mentha crispa L.), Camomila (Matricaria chamomilla L.), Erva-cidreira (Melissa officinalis L.), Capim-santo (Cymbopogon citratus (DC) Stapf) e Malvarisco (Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng) mencionadas com maior frequência. Com 65,5%, as folhas são a parte mais utilizada das plantas medicinais, seguidas por raízes (14,3%), sementes (9,5%), cascas e galhos (7,1%) e flores (3,6%). Em relação à forma de uso das plantas medicinais, os chás foram os mais citados, com 78,6% e, no quesito influência, as mães foram as mais citadas com 62%. O uso de plantas medicinais é uma prática comum e amplamente reconhecida na comunidade acadêmica, visto que a grande maioria dos participantes conhece e utiliza essas plantas para tratar enfermidades. Isso ressalta a importância da valorização do conhecimento tradicional e da necessidade de mais pesquisas para garantir o uso seguro e eficaz dessas plantas.