Do fazer concreto ao pensamento abstrato: a influência do material didático manipulável na construção do conhecimento matemático

Abstract

O alto índice de reprovação em Matemática, principalmente nas escolas públicas, obriga-nos a refletir e buscar formas alternativas de maximizar o sucesso. Se não houver aprendizagem autêntica, o educador tem de mudar de estratégia. Sua responsabilidade principal consiste em ajudar o aluno a descobrir e aprender. Se o aluno não está aprendendo, o educador precisa mudar o que estava fazendo, ou como estava fazendo. Pesquisas dão conta de que a causa maior da aversão da matemática passa, em parte, pela forma dogmática e desinteressante com que é apresentada nas salas de aula. Mesmo já bastante criticada, a escola ainda continua ensinando Matemática de uma forma abstrata, longe do cotidiano do aluno. Boa parte dos professores desenvolve uma prática que privilegia a cópia dos números, as “contas”, ficando totalmente preso e limitado ao livro didático adotado. Diante disso, entendemos que uma das alternativas para que a escola se torne ao mesmo tempo construtiva, instrutiva e prazerosa é a utilização do lúdico no ensino de várias disciplinas e conteúdos, que pode vir a ser um bom estímulo no ato de aprender, envolvendo ação, prática e teoria. Partindo desse pressuposto, desenvolvemos a presente pesquisa, tendo como objetivo central refletir sobre o ensino da Matemática nos dias atuais, bem como analisar a aplicabilidade do uso de materiais concretos como recurso didático no processo de ensino aprendizagem de conteúdos matemáticos. O estudo molda-se como uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, realizado com professores de matemática de escolas jurisdicionadas a 7ª Gerencia de Ensino do Estado da Paraíba. Os dados foram coletados através de questionários. Como suporte teórico tivemos estudos realizados Pires (2005), Gil (2002), Maciel (2002), Ifranh (2001), Miorin (2001), Dienes (2000), Goldemberg (2000), Azevedo (1993), Machado (1991), Thiollent (1995) e Rosamilha (1979).