Avaliação do crescimento de microalgas para produção de biocombustível utilizando efluente industriais e doméstico

Abstract

Em vistas ao aumento da demanda mundial por energia, a insustentabilidade dos combustíveis fósseis, o aumento de emissões de gases de efeito estufa, é necessário o desenvolvimento de técnicas e políticas que promovam as fontes renováveis de energia para mitigar a exaustão destes recursos. Atualmente o Brasil está entre os maiores produtores de biocombustíveis de primeira geração, entretanto o uso dessa técnica além de competi por terras agricultáveis, produz dez vezes mais quantidade de vinhaça. Dentre as possibilidades para suprir o uso de combustíveis à base de petróleo, destacam-se microalgas como uma possibilidade versátil para a geração de combustíveis líquidos (biodiesel, etanol, bioquerosene), por possui maior taxa de assimilação de CO 2 , maior eficiência na produção de óleo em relação as oleaginosas, utilizar águas residuárias e rejeitos industriais como fonte de carbono para seu cultivo. O presente trabalho teve por objetivo maximizar o potencial de desenvolvimento da microalga Chlorella sp visando a produção de biocombustíveis utilizando efluentes industrias e domésticos com vistas a reduzir o custo dos cultivos, bem como, promover um destino adequado para esses resíduos líquidos. A microalga foi cultivada em sistema mixotrófico utilizando meio de cultura Bold´s Basal Medium (BBM) suplementado com extrato de levedura e a ele adicionado separadamente a cada meio de cultivo os efluentes nas proporções: glicerina (2%, 4%, 10%); vinhaça (5%, 10% e 15%); UASB e filtro anaeróbio (5%, 10%, 20%, 30%, 40%, 60%, 80%, 100%). Objetivando uma maior redução com os custos de cultivos foi também estudado a reutilização de cultivo após separação das microalgas nas proporções de 25%, 50%, 75% e 100%. Os cultivos suplementados com os efluentes ofereceram características para o desenvolvimento da microalga, observou-se que com o efluente de UASB e de filtro anaeróbico foi possível realizar o cultivo sem a necessidade do meio sintético. Dessa forma, pode-se concluir que há viabilidade no cultivo de microalgas por meio da suplementação de resíduos líquidos, gerando assim uma nova possibilidade de produção de biocombustíveis.