Avaliação do consumo de cigarros entre secundaristas de uma escola pública

Abstract

O tabagismo se apresenta como fator de risco para o aparecimento de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). Insere-se na Classificação Internacional de Doenças (CID10) no grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substância psicoativa. A iniciação ao hábito de fumar pode começar na adolescência, período de grande vulnerabilidade a influência da mídia, dos amigos, entre outros fatores que conduzem a experimentação do cigarro. Este estudo objetivou avaliar o consumo de cigarros entre estudantes secundaristas de uma Escola Estadual da cidade de Brejo dos Santos, Paraíba, no período de fevereiro a julho de 2013. Foram sujeitos da pesquisa 118 estudantes, de ambos os sexos e de todas as idades. Como técnica de coleta de dados foi utilizada um questionário padrão com respostas de múltipla escolha. Percebeu-se que 18,6% dos sujeitos já experimentaram cigarros pelo menos uma vez na vida, mas apenas 3,4% são fumantes. A experimentação do tabaco ocorreu de forma precoce em 45,4% dos sujeitos, quando os mesmos tinham idade inferior ou igual a 10 anos. A influência para a experimentação do tabaco pode ter surgido dos pais ou dos amigos, já que 24,6% dos estudantes moram com, pelo menos, um dos genitores fumantes e 48,3% tem amigos fumantes. A exposição ao fumo passivo é maior quando os mesmos estão fora de sua residência. A iniciação precoce ao uso de tabaco é um importante fator prognóstico para o adoecimento, devendo ser prevenida através da realização de campanhas e ações nas instituições de ensino no intuito de sensibilizar os estudantes a respeito dos malefícios provocados pelo tabaco.