Mecanismos de redutores de evapotranspiração em manancial hídrico no semiárido paraibano

Abstract

O trabalho teve como objetivo observar a eficiência do uso de objetos flutuantes (isopor) no processo de redução da evaporação de um pequeno açude localizado na região do Curimataú paraibano. Foram observadas as perdas hídricas totais durante o período do estudo (após introdução do redutor de evapotranspiração) e tentando simular o ambiente encontrado no reservatório de água. Foi desenvolvido um experimento para avaliar as perdas de água por evaporação usando três cenários: (T1) com o tanque livre, (T2) com tanque povoado pela alface d’ água (Pistia stratiotes) e (T3) cobertura de isopor em 30% da área do espelho d’água contida no tanque. Observou-se uma redução de 34 cm na altura da água do açude durante os 100 dias do período experimental (abril a julho/2014), ou seja, 3,8mm dia-1 (computando-se as contribuições das precipitações pluviométricas). Esses valores foram 36% menores do que da evapotranspiração potencial (ETo) que foi de 6mm; ou seja, houve uma redução media diária na evapotranspiração do açude de 2,2mm, (economia de 1170litros dia-1 de água). Comparando os valores de evapotranspiração obtidos nos três cenários observou-se que: em T1 os valores de evapotranspiração diários foram de 7,61mm dia-1; em T2 as perdas por evapotranspiração foram maiores do que em T1 (11,10 mm dia-1) e em T3 as menores taxas de evapotranspiração foram observadas (5,16mm dia-1). Verificou-se então que houve uma redução significativa das perdas de água por evapotranspiração do açude durante o período estudado com a utilização do redutor de evapotranspiração; a utilização do isopor mostrou grande potencial para resolver o problema relacionado à elevada evapotranspiração de pequenos reservatórios de água nas regiões semiáridas do Nordeste; com o uso do redutor de evapotranspiração será possível aumentar a disponibilidade hídrica para as famílias de camponeses em regiões onde as precipitações são escassas; com base no trabalho a Alface d’água contribui de forma significativa para o aumento da evapotranspiração dos açudes.