A crise migratória europeia e o Reino Unido

Abstract

As lacunas de responsabilidades internacionais nos quesitos básicos de bem-estar social como segurança humana, educação e saúde ligados aos conflitos armados que países como a Síria, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Eritreia enfrentam atualmente, vêm refletindo em uma busca desordenada pelo asilo na Europa. Este trabalho, analisa o posicionamento do Reino Unido diante das questões migratórias europeias a partir de estudos bibliográficos, trazendo análises históricas, sociais e políticas que justificam e evidenciam o distanciamento do governo britânico em meio a conjuntura da crise, sendo este comportamento, fundamentado pela teoria realista de Mearsheimer. É criada uma abordagem acerca da trajetória da crise migratória por meio de seus aspectos históricos, para que então, sejam avaliados os elementos que intervêm na efetividade e desdobramento das normas do sistema. Posteriormente, é feita uma análise específica do posicionamento do Reino Unido diante da problemática, tratando de suas questões internas de refúgio, suas responsabilidades como potência regional e sua decisão em deixar a União Europeia. Conclui-se que o Reino Unido tem assumido um papel de desinteresse e relutância em aceitar e em desenvolver as capacidades dos refugiados e dos imigrantes, aspecto esse, que tenderá pelos próximos anos como consequência da luta de poder e afirmação da soberania entre os Estados.