Condições sistêmicas e periodontais de pacientes atendidos nas clínicas-escola de Odontologia/UEPB

Abstract

O aumento na incidência e prevalência das doenças crônicas no Brasil representa um grande problema de saúde pública, sendo uma das principais causas de morte. Atualmente, sabe-se que diversas condições e/ou doenças sistêmicas podem estar correlacionadas com a presença de patologias bucais, tais como as doenças periodontais. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as condições sistêmicas e periodontais em pacientes atendidos nas clínicas de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba para buscar estabelecer uma relação entre a doença sistêmica e periodontal. Para isso, um questionário e uma ficha clínica foram preenchidos para cada paciente, com dados sociodemográficos, dados referentes à condição sistêmica e os parâmetros clínicos de avaliação periodontal (Índice de Higiene Oral Simplificado, Índice de Sangramento Gengival à Sondagem e Registro Periodontal Simplificado). Os dados obtidos foram tabulados e inseridos no software SPSS versão 20.0 for Windows para análise descritiva e inferencial dos resultados, considerando um nível de significância de 5% para todos os testes. A amostra foi de 30 pacientes, atendidos no ano de 2018, e se tratou de amostragem por conveniência. A partir da análise, obteve-se que a maioria dos participantes era do sexo masculino (66,7%), com idade até 52 anos (53,3%) e renda de 1 salário mínimo (66,7%). Quanto aos dados relativos à condição sistêmica, a doença de maior prevalência foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (56,7%). A maioria dos pacientes teve o diagnóstico dessa doença há mais de 2 anos (70,0%), presença da doença na família (n=25; 83,3%), sendo o grau de parentesco mais prevalente os pais (50,0%). Quanto aos dados relativos à saúde bucal e periodontal, 66,7% dos participantes apresentou higiene oral deficiente; 70% apresentou alterações periodontais leves (scores 1 ou 2), a partir dos dados do PSR; e média de ISG de 35,0%. Os dados encontrados revelam deficiência no nível de higiene oral apresentado pelos pacientes, o que contribui para a ocorrência de alterações bucais, como a gengivite e a periodontite. Entende-se, portanto, que a instrução desses pacientes quanto ao cuidado com a higiene oral e a importância da relação entre saúde bucal e sistêmica deve sempre ser realizada de modo claro e efetivo, visando contribuir para a melhoria dos valores dos índices de saúde oral e, consequentemente, melhor qualidade de vida.