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Título: Interações presa-predador entre Cassis tuberosa (MOLLUSCA: GASTROPODA) e bolachas-da-praia (ECHINODERMATA) em uma praia arenosa no litoral da Paraíba
Autor(es): Silva, Letícia Brasileiro
Palavras-chave: Estrutura populacional
Conservação ambiental
Relações ecológicas
Ecossistema marinho
Data do documento: 14-Nov-2019
Resumo: Cassis tuberosa é um predador de equinodermos que, por ter uma concha explorada para diversos fins, está listado na categoria “quase ameaçado” segundo a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Assim, caracterizar a estrutura populacional de C. tuberosa e suas interações presa- predador é fundamental para a criação de políticas de manejo da espécie. Foram realizadas 26 amostragens, 13 diurnas e 13 noturnas, delimitadas por transectos (200 m2 /transecto), no qual eram procurados os gastrópodes, anotados seus comportamentos e o comprimento da concha. Também se obteve as dimensões e abundância de suas presas equinoides selecionados a partir de quadrados de 1m2 delimitados aleatoriamente dentro do transecto. A caracterização dos padrões de perfuração deixados por C. tuberosa ocorreu através da coleta de esqueletos de equinoides na área de estudo. A densidade do predador foi considerada alta (119,23 ind/ha diurno e 296,15 ind/ha noturno), havendo diferença significativa quando se comparou as abundâncias entre dia e noite (W=71; p=0,012). Os indivíduos apresentaram comprimento de concha médio de 13,27 cm (±3,62) e desenvolveram uma maior porcentagem de comportamentos ativos durante a noite (55,9%). Das duas espécies de presa analisadas, Mellita quinquiesperforata foi mais abundante e mais consumida durante os eventos de predação. Observou-se uma proporção de 1.485 M. quinquiespeforata para cada C. tuberosa avistado durante o dia e 512 indivíduos durante a noite; e 63 Encope emarginata para cada gastrópode durante o dia e 70 indivíduos durante a noite. Não houve correlação significativa entre o tamanho do predador e o tamanho de suas presas equinoides (r=0,158; p=0,282, para M. quinquiesperforata; r=0,088, p=0,86 para E. emarginata), entre o tamanho do predador e o tamanho do furo em E. emarginata (r=0; p=1), assim como quando correlacionou-se o tamanho do furo e o tamanho das presas (r=0,068, p=0,641 para M. quinquiesperforata; r=0,852, p=0,133 para E. emarginata). Houve somente correlação entre o tamanho do predador e o comprimento de M. quinquiesperforata (r=0,55; p=4,372E-05). Para os esqueletos coletados, houve diferença significativa entre esqueletos com e sem evidências de perfuração (p=0,004), com 80% dos esqueletos predados de M. quinquiesperforata com furo oral e também 80% com furo central. Para E. emarginata, 80% dos furos estavam na superfície oral e 60% na região central. Assim, provavelmente, a área estudada atua como região de recrutamento da espécie, além de ser uma espécie importante no equilíbrio marinho, visto que a sua captura pode ocasionar um rompimento em tais relações ecológicas.
Descrição: SILVA, L. B. Interações presa-predador entre Cassis tuberosa (MOLLUSCA: GASTROPODA) e bolachas-da-praia (ECHINODERMATA) em uma praia arenosa no litoral da Paraíba. 2019. 30f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/24754
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