O impacto do exercício profissional na saúde mental do policial

Abstract

O crescimento constante do índice de violência e criminalidade exige maior atuação dos profissionais da segurança pública, no sentido de garantir a proteção da sociedade. Tendo em vista os inúmeros riscos e estressores que enfrentam no exercício de suas funções, objetivou-se analisar o impacto da atividade profissional na saúde mental de policiais e as ações adotadas pelos órgãos de gestão da Polícia para minimizar os possíveis impactos. Foi realizado um estudo qualitativo, descritivo, por meio de uma revisão da literatura sistemática a partir das bases de dados nacionais Scielo, PePsic e BVS-Brasil e Google Acadêmico. Buscou-se artigos nacionais cujos temas relacionavam-se à saúde mental do profissional da Polícia, realizadas no Brasil, escritas em idioma português e publicadas no período entre janeiro de 2010 a janeiro de 2020. A análise de 23 artigos aponta que a maioria dos estudos revela que o exercício da profissão geralmente contribui para o desenvolvimento de patologias físicas e mentais, considerando os estressores inerentes às experiências cotidianas da profissão. Constatou-se que, na maioria das instituições policiais, não há nenhum tipo de rede de apoio para esses profissionais, suscitando a reflexão de que é preciso elaborar estratégias institucionais que previnam os maiores desgastes que advém com o tempo de serviço.