Percepção sobre críticas tradicionais ao orçamento e o contexto da crise sanitária Covid-19: uma análise da literatura empírica

Abstract

O objetivo do presente artigo é analisar comparativamente a percepção sobre críticas ao orçamento tradicionalmente presente na literatura empírica com a percepção sobre o orçamento em tempo de crise sanitária da covid-19. Para alcançar esse objetivo, foram identificados dois (2) artigos na literatura empírica diretamente ligados ao tema e consistiram em uma pesquisa de levantamento sobre críticas ao orçamento e orçamento em tempos de crise covid-19. Utilizou-se o método descritivo para analisar comparativamente os estudos de Libby e Lindsay (2010) e Bedford, Speklé e Widener (2022) que focaram os orçamentos na ótica das críticas ao orçamento num contexto de estabilidade e de crise sanitária ocasionada pela covid-19. Os resultados da análise revelaram que quanto às críticas ao orçamento no estudo de Libby e Lindsy (2010), o tempo médio gasto em orçamentos das empresas norte-americanas da amostra é consideravelmente menor do que os críticos sugerem e não parece excessivo. Na maioria das empresas pesquisadas, o processo orçamentário está explicitamente ligado à implementação da estratégia. De fato, o orçamento é relatado pelos entrevistados como um meio importante para a implementação da estratégia e a maioria dos entrevistados relata que desempenha um papel útil ao fazê-lo. Em contrapartida, no estudo de Bedford, Speklé e Widener (2022), as empresas apertam seus controles orçamentários em resposta ao impacto negativo do Covid-19. Por sua vez, o aperto dos controles orçamentários está positivamente associado à exaustão emocional dos funcionários devido ao aumento da percepção de ambiguidade e conflito de papéis.