Prevenção do sofrimento mental na saúde pública

Abstract

Entendendo a saúde como um conceito amplo e que envolve múltiplos fatores, é possível considerar que a prevenção do sofrimento mental está ligada a aspectos ambientais, sociais e à atenção integral à saúde. O presente trabalho teve como objetivo conhecer a percepção dos funcionários de um serviço de saúde mental em relação às práticas para prevenção ao sofrimento psíquico, tendo em vista a grande importância da atenção básica, bem como a escassez de ofertas de serviços voltados à saúde mental nesse campo. Como base teórica foram utilizados documentos norteadores das práticas em saúde pública e estudos sobre promoção de saúde e prevenção do sofrimento mental. O público entrevistado foi composto pelos funcionários de um ambulatório de saúde mental voltado a pessoas em sofrimento mental de leve a moderado. A coleta de dados foi feita por meio de um roteiro de questões sociodemográficas e de um roteiro de entrevistas semiestruturado. Com essa pesquisa foi possível conhecer como os funcionários compreendem a prevenção, como atuam nesse aspecto e como o ambulatório se insere na Rede de Atenção Psicossocial do município. Foi possível perceber que as principais atividades de prevenção exercidas no local são a escuta e o acolhimento, e a inserção na RAPS é marcada principalmente pelo compartilhamento de valores e por encaminhamentos. A maior dificuldade encontrada pelos profissionais é a alta demanda ocasionada pela centralização dos atendimentos de pessoas em sofrimento mental leve a moderado.