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Título: Sepse neonatal: uma avaliação microbiológica de hemoculturas da UTI de uma maternidade pública em Campina Grande - PB
Autor(es): Siqueira, Rebeca Estefani de Oliveira Andrade
Palavras-chave: Sepse neonatal
Hemocultura
Antibioticoterapia
Resistência bacteriana
Data do documento: 24-Nov-2023
Resumo: Sepse representa umas das principais preocupações em recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). O diagnóstico precoce, realizado através de hemoculturas, desempenha um papel fundamental na redução dos custos hospitalares com antibióticos e na sobrevida dos neonatos. O presente trabalho teve como objetivo viabilizar a realização de hemoculturas e avaliar o perfil de resistência das bactérias encontradas em recém-nascidos internados na UTIN de uma maternidade pública na cidade de Campina Grande/PB. No ano de 2023, foram estudadas 200 amostras de sangue provenientes de 186 neonatos. As amostras foram semeadas em meios de cultura específicos, incubadas em estufas bacteriológicas, ressemeadas e analisadas diariamente durante 07 dias. Foi encontrado crescimento bacteriano em 24% (n=48) das amostras. Destas, em 80% (n=38) dos casos, foram isoladas bactérias Gram-positivas e em 20% (n=10) foram isoladas bactérias Gram-negativas. Na sepse tardia, houve predominância de positividade (n=30; 62,5%) quando comparada com a sepse precoce (n=18; 37,5%). Quanto às bactérias isoladas, tanto na sepse precoce como na tardia, houve prevalência de Staphylococcus coagulase negativa (n=11-57,89%; n=16-53,33%, respectivamente), seguido de Staphylococcus aureus (n=2-10,52%; n=6-20%, respectivamente) e Staphylococcus aureus resistente à meticilina/oxacilina (MRSA) (n=2-10,52%; n=3-10% respectivamente). Em 76,5% (n=153) das hemoculturas, foi coletada apenas uma amostra de sangue dos neonatos. Destas, considerando o total de positivos (n=48- 24%; 47,91% (n=23) foram encontradas naqueles neonatos que coletaram duas amostras de sangue -n=23; 47,91%), evidenciando que, quanto mais amostras sanguíneas coletadas, maior a chance de isolamento do microrganismo. Quanto ao uso prévio de antibióticos, 51,50% (n=103) dos neonatos não estavam usando antibióticos no momento da coleta de sangue, o que é ideal para não mascarar o crescimento bacteriano. Porém, entre os neonatos positivados, 43,75% (n=21) estavam em uso de antibióticos, os quais foram escolhidos empiricamente, caracterizando uma escolha inadequada do antibiótico, pois, mesmo com o paciente fazendo uso de antibióticos, as bactérias conseguiram crescer in vitro. Os antibióticos mais utilizados de forma empírica na maternidade estudada foram gentamicina (n=14; 37,83%) e ampicilina (n=12; 32,43%) que apresentaram perfis de resistência de 37,51% e 57,14%, respectivamente. Sabe-se que a antibioticoterapia empírica de amplo espectro deve ser iniciada precocemente em casos de septicemia, porém nem sempre garante sucesso terapêutico. Daí a importância de se coletar hemoculturas antes do início da administração do antibiótico, de forma a garantir respaldo para o tratamento, caso haja necessidade de troca do antibiótico. Na UTI estudada, antes de se optar pela utilização de antibióticos de última escolha como carbapenêmicos e vancomicina, os antibiogramas realizados permitiram inferir que, em casos de necessidade de antibioticoterapia empírica, os antibióticos indicados deveriam ser amoxicilina+clavulanato (para Gram-positivos) e ciprofloxacino (para Gram-negativos) por apresentarem o menor perfil de resistência, 16,20% e 10% respectivamente.
Descrição: SIQUEIRA, Rebeca Estefani de Oliveira Andrade. Sepse neonatal: uma avaliação microbiológica de hemoculturas da UTI de uma maternidade pública em Campina Grande-PB. 2023. 74 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/30760
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