Ser quem se é: autenticidade, liberdade experiencial e os padrões sociais

Abstract

No atual contexto de globalização as ações cotidianas e íntimas geram consequências globais, ao passo que as questões globais interferem, quase instantaneamente, nas ações pessoais. Diante disso, o ser humano se torna produtor e produto de padrões sociais que são difundidos nos mais diversos meios de comunicação, em especial nas redes sociais. Assim, surge a necessidade de melhor compreender como ocorre essa interferência e quais as consequências dessa para a autenticidade e liberdade experiencial, tendo em vista que ambas são essenciais para o crescimento saudável do ser humano. Portanto, esse estudo teórico se baseia em textos clássicos e contemporâneos da Abordagem Centrada na Pessoa, Sociologia e Filosofia para refletir sobre a influência exercida pelos padrões sociais na autenticidade e na liberdade experiencial individual, partindo da apresentação destes conceitos com base na psicologia humanística, da discussão sobre os padrões vigentes na sociedade ocidental contemporânea e da análise da relação entre esses e a saúde mental. Destarte, foi possível identificar que, na sociedade atual, a não aceitação das vivências particulares de maneira plena é uma realidade. Nota-se que tal modo de funcionamento pode ser um impeditivo ao processo de tornar-se quem se é e, consequentemente, ser gerador de sofrimento.