O patrimônio cultural dos antigos engenhos de São Miguel de Taipu - PB: uma proposta para o turismo rural

Abstract

Os engenhos, foram enraizados como a primeira forma de atividade industrial, dessa forma esses grandes engenhos que vão intensificar como os primeiros indícios estrutura econômica do Brasil. A presente pesquisa tem como objetivo geral compreender a relevância cultural dos engenhos para a população do município de São Miguel de Taipu e sua potencialidade turística. Destacamos a trajetória da comercialização de açúcar desde o auge até a decadência, além de identificar outras formas de uso na atualidade. A fundamentação teórica se baseia no processo de ocupação, conceitos de patrimônio cultural, turismo rural e a caracterização geoambiental do município, utilizando-se dos autores: Moreira e Targino (1996), Canclini (1994), Araripe (2004), Menezes (2009), Souza e Bahl (2011), Pereiro (2006), Cruz (2012), Ministério do Turismo (2010), Kahl (2002) e Crizio (2011). Para tanto foram realizadas pesquisas de campo, com foco em entrevistas com indivíduos que residiram próximos aos patrimônios histórico-culturais. O intuito foi compreender os motivos que levaram essas figuras a desocuparem os engenhos e analisar por que alguns foram privatizados, enquanto outros permanecem em ruínas. Com base nos estudos de Lisboa (2014) e Cunha (2010), este trabalho apresenta as características dos seis engenhos fundamentais para a formação do município de São Miguel de Taipu: Engenho Itapuá, Engenho Lagoa Preta, Engenho Oiteiro, Engenho Novo, Engenho Maravalha e Engenho Taipu. A análise revela que a maioria dos moradores taipuenses desconhece sua própria história. Diante dessa problemática, é essencial explorar perspectivas para aumentar a visibilidade desses engenhos, impulsionando o turismo local e promovendo um desenvolvimento socioeconômico mais significativo para a comunidade. Além disso, a valorização desses monumentos históricos é crucial tanto em escala interna quanto externa, considerando o potencial de atrair visitantes e estimular a economia local, atualmente afetada pela falta de turistas.