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Título: Avaliação da qualidade do sono em pacientes portadores de disfunções temporomandibulares
Autor(es): Sousa, Bianka Maria Costa Oliveira de
Palavras-chave: Qualidade do sono
Odontologia
Disfunção temporomandibular
Data do documento: 20-Nov-2023
Resumo: As disfunções temporomandibulares (DTMs) têm origem multifatorial, correspondendo a um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e as estruturas associadas. Um dos fatores que pode colaborar para o surgimento ou agravamento da DTM são os hábitos parafuncionais, como o bruxismo do sono, o qual pode, consequentemente, estar relacionado à piora da qualidade do sono. Ademais, existe uma prevalência da insônia, do sono fragmentado e da má qualidade do sono em pacientes com dor orofacial (DOF) e DTM. Sendo assim, quanto mais severa a DTM, maiores são os níveis de dor e menor é a quantidade de horas de sono por noite do indivíduo portador dessa disfunção. Este artigo teve como objetivo avaliar a qualidade do sono de pacientes portadores de DTMs, bem como o grau de severidade das DTMs e sua relação com a qualidade do sono. Trata-se de um estudo observacional descritivo de natureza transversal, com abordagem indutiva e quali-quantitativa. A amostra do estudo foi constituída por 25 pacientes que procuraram atendimento na clínica escola do Departamento de Odontologia da UEPB, Campus I, com queixa de dor na ATM ou DOF, de ambos os sexos e maiores de 18 anos de idade. Os instrumentos usados foram o AAOP, IAF, EVA, PSQI, HADS, BAI, OHIP-14 e ESE. Em sequência, os dados foram tabulados e analisados no software IBM SPSS (versão 23) e analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Os resultados indicaram que 76% dos pacientes pertencem ao gênero feminino. Houve prevalência da DTM severa, correspondendo a 48%. A maior parte dos pacientes apontou a dor para o número 5. 72% afirmaram sentir dor diariamente, predominando a característica de peso e pontada. Além disso, 72% apresentaram hábitos parafuncionais. A maioria também se apresentou sem depressão ou com depressão leve; 40% tiveram ansiedade mínima e 32% moderada. Os escores totais, no OHIP-14, variaram entre 4 e 49, com média= 19,60 e desvio padrão= 12,79. Indivíduos classificados com DTM moderada e severa tiveram qualidade de sono ruim, 63% e 56%, respectivamente. Todos os graus de severidade da DTM apresentaram distúrbios do sono, com porcentagens mais elevadas os pacientes com DTM leve, seguidos daqueles com DTM severa e moderada. Cerca de 70% apresentaram ausência de sonolência diurna excessiva. Assim sendo, conclui-se que existe uma relação positiva e bidirecional entre DTM, qualidade de sono ruim e presença de distúrbios do sono. Ademais, houve similarmente uma correlação entre DTM, qualidade de vida relacionada à saúde oral e presença de hábitos parafuncionais. Associados, tais fatores geram influência na dor, diminuição na qualidade do sono, bem como impactos negativos na qualidade de vida do paciente.
Descrição: SOUSA, Bianka Maria Costa Oliveira de. Avaliação da qualidade do sono em pacientes portadores de disfunções temporomandibulares. 2023. 46f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/33049
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