Prevalência de lesões e dores osteomioarticulares em jogadores de beach tennis na cidade de Campina Grande/PB

Abstract

O beach tennis (BT) é um esporte que mistura o tênis tradicional, vôlei de praia e badminton. A prática do BT se popularizou de forma expressiva durante a pandemia do COVID-19 e, com o aumento do número de praticantes, lesões começaram a surgir com maior frequência. Nesse contexto, o objetivo desse estudo é analisar a prevalência de lesões osteomioarticulares e dor em praticantes de beach tennis na cidade de Campina Grande/PB. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa. Participaram da pesquisa 154 praticantes de BT recrutados por acessibilidade através de entrevistas nas arenas de beach tennis da cidade de Campina Grande/PB. O instrumento de coleta abrangeu dados sociodemográficos, condições gerais de saúde, hábitos relacionados ao esporte, além de quantidade, tipo e localização das lesões, através do Questionário Nórdico adaptado. A média de idade da amostra foi de 30,8 anos, com prevalência de indivíduos do sexo masculino, com 47,1%. Sobre a prevalência de indivíduos que sofreram lesão associada à prática do BT, observou-se 42,3%. 65 indivíduos relataram lesões associadas ao BT, das quais 36,9% foram lesões articulares, 29,2% tendinopatias, 26,1% lesões musculares, 4,6% luxações e 3,1% fraturas. A presença de dor aguda foi prevalente nos ombros, cotovelos e os joelhos apresentaram tendência de dor crônica. Houve correlação estatisticamente significante entre o relato de dor e o desfecho lesão, entre o histórico de lesão anterior a prática do esporte e a lesão no esporte e ainda entre o peso dos indivíduos com histórico de lesão anterior ao esporte e o relato de dor. O estudo evidenciou que a maior parte das lesões em jogadores de BT acontecem no membro superior, que dores persistentes nessa população são comuns, e que o peso do indivíduo pode estar associado a um histórico de lesão positiva e influenciar no aparecimento de sintomas álgicos.