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http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/33963
Título: | De Van Gogh ao DigiTrials: (re) contando a história da Digoxina |
Autor(es): | Araújo, Rodrigo Gonçalves de |
Palavras-chave: | Cardiologia Insuficiência cardíaca Glicosídeos cardíacos |
Data do documento: | 27-Jun-2024 |
Resumo: | Digitalis purpurea L., é popularmente conhecida como dedaleira, sendo uma planta histórica e tradicionalmente utilizada para tratar diversas doenças desde 500 d.C. Suas folhas são a parte que mais gera interesse medicinal, sendo constituídas de glicosídeos cardíacos, possuindo ação sobre o músculo cardíaco. No final do século XIX a Digitalis purpurea L., foi usada pelo pintor holandês Vincent van Gogh (1853-1890) cuja finalidade - na época -, era de tratar o quadro de epilepsia do pintor (atribuído ao seu vício em absinto). Isto posto, este estudo tem por objetivo fazer um levantamento e análise do estado da arte dos últimos anos, tendo intuito de se fornecer como base informativa para cardiologia. Para tal, o estudo consistiu em uma revisão de caráter narrativo, com a utilização de bases de dados (PubMed, SciELO e Google Acadêmico) através dos termos descritores: Cardiologia; Insuficiência Cardíaca; Glicosídeos Cardíacos. Com isso, 24 artigos científicos foram selecionados. Assim, foi constatado que a insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica complexa de caráter sistêmico, sendo um agravante que impacta negativamente milhares de brasileiros. Para tal, a Digoxina é conhecida como um medicamento indicado para pacientes com insuficiência cardíaca, ao qual age inibindo a bomba de sódio-potássio-ATPase nas células do miocárdio que objetiva por aumentar o período refratário e diminuir a frequência cardíaca. Em relação à sua farmacocinética, têm-se que a biodisponibilidade desse medicamento varia conforme sua forma farmacêutica. Tendo em vista a sua toxicidade, houve a verificação de manifestações clínicas distintas e variadas, conforme idade, condições físicas, comorbidades ou interações com outros medicamentos. No que concerne à concentração plasmática da Digoxina, têm-se a necessidade de monitorar continuamente durante toda sua farmacoterapia, pois destaca-se como imprescindível diante de seu curto índice terapêutico. Por fim, mediante a três estudos realizados na década de 1990 (DIG Trial, PROVED e RADIANCE), a Digoxina passou a se tornar alvo de debates em relação à sua importância e utilização, tais contestações tiveram como base o estudo DIG Trial que mostrou a insignificância estatística na mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca, diante disso, houve uma drástica queda do uso da Digoxina no tratamento da insuficiência cardíaca, ainda que os estudos denominados como PROVED e RADIANCE evidenciarem que a suspensão da Digoxina pode gerar complicações aos pacientes internados com insuficiência cardíaca. Portanto, é possível concluir que este trabalho permite conhecer a evolução do uso medicinal da planta Digitalis purpurea L., até a sua contribuição para a formação da Digoxina. Diante disso, após toda a discussão, o atual trabalho sugere uma ressignificação em relação à função da Digoxina no tratamento da insuficiência cardíaca (IC) que, mostra-se como uma tarefa para a cardiologia definir ao longo do século XXI. |
Descrição: | ARAÚJO. Rodrigo Gonçalves de. De Van Gogh ao DigiTrials: (re) contando a história da Digoxina. 2024. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024. |
URI: | http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/33963 |
Aparece nas coleções: | 13 - TCC |
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