Educação especial: a ludicidade no processo de ensino e aprendizagem de alunos com transtorno do espectro autista (TEA)

Abstract

A pesquisa aborda o uso da ludicidade como mecanismo pedagógico no meio do ensino-aprendizagem de discentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), buscando debater a importância das implementações de atividades lúdicas nas salas de aulas da educação básica para o desenvolvimento da autonomia das crianças com TEA e sua relação social como alunos. Investigar, por meio da revisão de literatura, a implementação de atividades lúdicas, para alunos com TEA nas escolas de ensino básico; Analisar mediante a estudo bibliográfico a eficácia das atividades lúdicas como ferramentas pedagógicas no desenvolvimento educacional de alunos com TEA; Explorar os principais conceitos relacionados ao TEA; Discutir como as práticas lúdicas podem contribuir para a inclusão e aprendizado desses alunos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pautada em revisão bibliográfica integrativa, por meio da análise de 10 artigos científicos publicados entre 2019 e 2025, coletados nas bases Google Acadêmico, Periódicos CAPES e SciELO, utilizando os seguintes descritores: “Ludicidade AND autismo”, “Educação especial AND Transtorno do Espectro Autista” e “Ensino lúdico AND inclusão”. Os critérios de inclusão foram pautados em publicações em português, centralizadas ao tema e escritas por especialistas na área da educação. Os resultados destacaram que a ludicidade impulsiona um desenvolvimento importante na comunicação, interação social e interdependência dos discentes com TEA, porém ainda nota-se dificuldades como a ausência de formação docente, de ferramentas adaptadas e de suporte institucional. A revisão demonstrou também a existência de uma desconexão entre políticas públicas inclusivas, como a Lei Berenice Piana, e a realidade no ambiente escolar. A verificação demonstra um paradoxo: embora o potencial pedagógico do lúdico seja amplamente reconhecido, principalmente em brincadeiras simbólicas e jogos adaptados, sua abordagem encontra barreiras estruturais significativas. A ausência na formação de educadores e a carência de práticas multidisciplinares foram observadas como entraves. Conclui-se que a ludicidade é eficaz na inclusão de alunos com TEA, desde que haja capacitação docente contínua, adaptações curriculares e ambientais, e políticas públicas integradas entre escola, família e profissionais especializados.