A educação física e a inclusão de alunos com tea: um estudo sobre a preparação e dificuldades dos docentes da cidade de esperança-pb e a proposição de uma cartilha de atividades

Abstract

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldades na comunicação e interação social, presença de comportamentos repetitivos e interesses restritos ou intensamente focados. Além disso, indivíduos com TEA podem apresentar atrasos ou dificuldades no desenvolvimento motor. A inclusão escolar desse alunado deve ser foco de preocupação dos diferentes profissionais que atuam na área. A Educação Física enquanto componente curricular desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e aprimoramento de habilidades motoras, sociais e emocionais, utilizando-se da psicomotricidade. Diante das necessidades específicas do transtorno é preciso que os docentes tenham estejam preparados para lidar com alunos autistas no contexto escolar. Sendo assim, foi realizada uma pesquisa de campo, de natureza exploratória e quantitativa. Para isso, elaborou-se e aplicou-se um questionário fechado com o objetivo de identificar a preparação dos professores de Educação Física da cidade de Esperança – PB, bem como analisar suas dificuldades e os desafios enfrentados durante as aulas práticas. A aplicação do instrumento seguiu as diretrizes estabelecidas pelo Comitê de Ética.Com base nos dados obtidos, verificouse que 5 dos 10 dos professores de educação física entrevistados não viram sobre e não receberam preparação para trabalhar com o autismo durante a graduação, o que impacta diretamente na falta de segurança e confiança para atuar com alunos atípico. Como sugestão apontada pelos educadores para aprimorar o ensino á crianças autistas a capacitação profissional teve predominância sendo apontada com 100% na pública e 80% pelos docentes da instituição privada, isso reforça a importância da formação continuada do profissional. Indivíduos com TEA enfrentam múltiplas dificuldades (coordenação motora fina e grossa; falta de Equilíbrio e marcha atípica; percepção espacial e corporal; habilidades cognitivas; habilidades de interagir socialmente), o que torna sua participação em atividades ainda mais desafiadora. Evidenciouse o quão desafiador é trabalhar com educandos com o Transtorno do Espectro Autista, isso exige do professor um planejamento pedagógico ainda mais adaptado, ressaltando amplas características que devem ser consideradas e superadas. Como proposta estratégica para superar as dificuldades, foi desenvolvida um suporte pedagógico, uma cartilha com sugestões de atividades psicomotoras, a fim de tornar as aulas de Educação Física um lugar ainda mais inclusivo.