Política de assistência social na contemporaneidade: inflexões e reatualizações frente ao recrudescimento das políticas sociais na era ultraneoliberal

Abstract

O artigo examina o impacto do conservadorismo societal na política de Assistência Social no Brasil, analisando sua evolução histórica, social e cultural. Parte-se da formação do capitalismo no país, marcada pela modernização conservadora e pela coexistência de práticas arcaicas com estruturas modernas, influenciadas pelo contexto periférico e dependente do Brasil em relação às economias centrais. Com base em experiências práticas no CREAS e no curso de Serviço Social da UEPB, o estudo busca compreender criticamente o processo de formação e as inflexões da Assistência Social como política de proteção. Entre os objetivos estão a análise dos impactos ideoculturais do conservadorismo e do neoliberalismo, bem como a identificação de possibilidades de resistência e fortalecimento da política. O artigo estrutura-se em três seções principais: a gênese histórica da Assistência Social no Brasil, sua consolidação como política de seguridade e os retrocessos contemporâneos provocados pelo conservadorismo e pelo neoliberalismo, culminando em uma reflexão sobre as perspectivas para a justiça social.