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A história da destruição da Mata Atlântica se confunde com a própria história do Brasil e faz parte do processo histórico de ocupação humana desordenada, agressiva e devastadora. O domínio de mata atlântica engloba um variado conjunto de ecossistemas florestais e representa um rico patrimônio natural e histórico cultural que deu fundamento à própria identidade nacional (ALMEIDA, 2000). A área de mata atlântica da Paraíba corresponde à Mesorregião da Mata Paraibana, que engloba 22 municípios situados em uma faixa de até 100 km entre a costa litorânea e o interior do estado e corresponde a 5.231 km2 ou 9,3% do território paraibano (SUDEMA, 2004). O presente estudo tem como objetivo avaliar as principais espécies vegetais encontradas na Reserva Legal Riacho Pacaré (RLRP), Rio Tinto /PB, oriundos dos resultados levantados em pesquisas anteriores. O tipo de amostragem aplicado foi o método dos quadrados (Mueller-Dombois & Ellenberg 1974); Rodal et al., (1992) e Araújo & Ferraz (2004), realizado em 6 (seis) unidades amostrais de 10 x 10 m. Para cada indivíduo foi coletado material botânico para identificação, medido o DAP (diâmetro a altura do peito), altura média através de uma vara metálica graduada de 5 m, cobertura da copa e altura do tronco, constando também o nome popular, a etno-botânica, bem como calculados todos os parâmetros fitossociológicos. Foram registrados 445 indivíduos, distribuídos em 48 espécies, pertencentes a 27 famílias, sendo 46 espécies identificadas e 02 indeterminados na ordem taxonômica. As espécies que mais se destacaram por possuírem uma maior dispersão média de indivíduos foram cinco e correspondem a 54,6% de toda a amostra, sendo elas: Eschweleira ovata (Imbiriba), com 62 indivíduos, Protium heptaphyllum (Amescla), com 59 indivíduos, Brosimum guianense (Quiri), com 53 indivíduos, Thyrsodium spruceanum (Camboatã-de-Leite), com 36 indivíduos e Acca sellowiana (goiaba do mato) com 33 indivíduos. Cada uma das espécies acima identificadas corresponde a 13,93%, 13,26%, 11,91%, 8,09% e 7,41% da amostra total respectivamente. Tais espécies são características de áreas em estágio secundário, o que caracteriza a RLRP estudada como um fragmento de floresta atlântica em regeneração natural, uma vez que toda área do seu entorno já vem sendo modificada para plantio comercial de cana-de-açúcar há várias décadas. Mesmo assim a vegetação encontrada é bastante diversificada, mas carece de estudos mais aprofundados no que diz respeito à sua estrutura. |
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