dc.description.abstract |
Entre as questões ambientais discutidas na atualidade, a questão da água tem sido uma constante, pelo menos no discurso dos vários segmentos da sociedade. Os elementos que mais têm chamado à atenção nessa discussão são: a perda da qualidade dos recursos hídricos, a extinção em quantidade desses recursos, elementos estes resultantes do processo de apropriação das áreas de abrangência dos rios. Os rios e sua dinâmica são responsáveis pela construção da paisagem, por delimitarem áreas de possível abundância em água, ou passíveis de escassez, devido à condição limitada por causa da dinâmica climática, estrutura geológica, apropriação antrópica, entre outros. Para estruturação do presente trabalho foi realizado um estudo integrado, a partir do levantamento das informações geoambientais e das fragilidades ambientais do Rio Pirarí – Jacaraú – PB, que consiste em um afluente da bacia hidrográfica do Rio Curimataú, situado entre as coordenadas UTM de 9260000 a 9278000 de latitude Sul e de 224000 a 260000 longitude Oeste, com cotas altimétricas entre 60 m no ponto mais baixo a jusante e 100m no ponto mais alto a montante. O contexto dessa abordagem segue-se do objetivo em analisar a integração dos elementos componentes da paisagem e do ambiente configurado pelas ações dos agentes naturais e sociais na materialização das formas e processos contidos no espaço pelo rio analisado. No tocante as condições geoambientais identifica-se conforme dados da CPRM (2005) que o rio Pirarí, drena uma área geologicamente predominantemente inserido na unidade Geoambiental dos Tabuleiros Costeiros. Esta unidade acompanha o litoral de todo o nordeste, apresenta altitude média de 50 a 100 metros. Compreende platôs de origem sedimentar, que apresentam grau de entalhamento variável, ora com vales estreitos e encostas abruptas, ora abertos com encostas suaves e fundos com amplas várzeas. De modo geral, os solos são profundos e de baixa fertilidade natural. Parte de sua área, a oeste, se insere na unidade geoambiental das Depressão sublitorânea. No tocante as fragilidades ambientais, observa-se que em todos os segmentos elas decorrem da ocupação de áreas próximas do rio sem planejamento prévio, ou mesmo sem propostas de ações mitigadoras dos impactos ocasionados. Entre as principais fragilidades observadas, destacam-se a ausência das matas ciliares, que influencia no amento do escoamento superficial e no carreamento de sedimentos para o leito do rio fator de influência do assoreamento dos cursos d’água. Considera-se também que a retirada das espécies vegetais, comprometem também a manutenção da biota local, e também a sobrevivência das espécies animais, desse modo, mantém em um sistema de cadeia influências negativas sobre todo o espaço em análise. Pode-se, portanto concluir, que é necessário voltar-se o olhar para medidas que despertem atitudes de conscientização por parte da população local, afim de que se mantenham as condições ambientais necessárias para o aproveitamento sustentável dessas áreas por parte da população local. |
pt_BR |